Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
As premissas subjacentes ao encontro da meia-final serviam para enquadrar o jogo da decisão, mas não podem ser invocadas. Oferecer um bom jogo talvez seja algo que FC Porto e Sporting não conseguem quando se defrontam; pelo menos nos exemplos mais recentes tem sido esse o caso. Sem grandes mexidas de parte a parte, foram os azuis-e-brancos a revelar maior fio de jogo, perante uma equipa do Sporting que optou, passe a expressão, por ver o que o jogo podia dar em vez de procurar fazer com que algo acontecesse. No fundo, o FC Porto não foi claramente superior aos leões, mas fez o suficiente para quebrar a malapata e finalmente arrecadar a sua primeira Taça da Liga. Faltava só o essencial: o golo. Esse, apareceu quando já não faltava jogar muito tempo (79'). Foi Fernando Andrade a rubricar o tento, ao aproveitar uma defesa incompleta de Renan Ribeiro a remate de Herrera; terá faltado ao Sporting alguma presença mental para tirar a bola antes que o avançado portista reagisse. Só aqui o Sporting acordou para o jogo, elevando a intensidade e procurando o ataque. Restava agora pouquíssimo tempo até ao apito final e o FC Porto parecia ter a vitória na mão. Mas trata-se da Taça da Liga, senhoras e senhores, o local onde acontece sempre alguma coisa ao FC Porto. Assim foi. Corria o minuto 88 quando num lance inofensivo Óliver Torres, ao procurar aliviar a bola, acertou em Diaby, que se tinha autenticamente lançado para a sua frente. O lance não ofereceu grandes dúvidas, mas o juiz João Pinheiro apenas assinalou o castigo máximo depois de consultar o vídeo-árbitro. Chamado à conversão, Dost não falhou (90'+2'). Foi por pouco que Raphinha não fez mesmo a reviravolta (90'+5'), mas o seu remate cruzado saiu um pouco ao lado do poste. As grandes penalidades seriam mesmo necessárias para descobrir quem levaria a taça para casa. O historial portista em desempates por este método não é famoso, e ainda não foi desta que a tendência começou a inverter-se. À segunda tentativa Coates falhou, mas Éder Militão não fez melhor, ao colocar tanto a bola que esta saiu do lado errado do poste direito. Foi o quanto bastou para que o FC Porto tremesse e tanto Hernâni como Felipe desperdiçassem os seus remates. Do outro lado, Bruno Fernandes e Nani não enjeitaram, e assim o Sporting venceu a sua segunda Taça da Liga consecutiva. Já o FC Porto fica mais uma vez à procura de uma justificação plausível para ainda não ter conseguido erguer este troféu.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.