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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
O 10.º lugar obtido pelo Estoril é deveras enganador em relação ao que foi a temporada dos canarinhos. Não num bom sentido. O arranque do campeonato foi terrível, e a equipa da Linha era penúltima ao fim de seis difíceis jornadas que renderam apenas uma vitória e um empate e incluíram jogos com FC Porto (f), Braga (c) e Sporting (f). O Estoril ressurgiria entre as jornadas 7 e 13, somando 11 pontos e apenas duas derrotas, a última das quais (2-0 em Setúbal) seria o derradeiro jogo de Fabiano Soares ao comando da equipa, numa saída cuja leitura não foi fácil, até porque a equipa era agora 11.ª colocada.
Para o lugar do técnico brasileiro chegou o espanhol Pedro Gómez Carmona, perfeito desconhecido no futebol português, do qual decerto não levará as melhores memórias; pelo menos a julgar pela sua série inicial de seis derrotas. Carmona duraria apenas mais cinco jogos como técnico estorilista, dos quais venceu apenas um (2-1), na recepção ao Paços de Ferreira (21.ª jornada).
O Estoril não encontrou quem substituísse Léo Bonatini no departamento da concretização, e a principal referência Kléber terminaria a Liga com apenas oito tentos apontados.
TAÇA DE PORTUGAL
O lado positivo da passagem de Pedro Carmona pela Amoreira foi a continuação do percurso do clube na Taça de Portugal. Ainda com Fabiano Soares como treinador os canarinhos ultrapassaram Caldas (0-1, pelo segundo ano consecutivo) e Cova da Piedade (2-0); com Carmona acabado de chegar o Estoril sofreu para bater a Sanjoanense (4-2 após prolongamento), que esteve a vencer por duas vezes e consentiu o empate a dois golos ao minuto 80. Nos quartos-de-final foi a vez de a Académica vender cara a derrota aos estorilistas (2-1), que só fixaram o marcador final aos 85 minutos. Na meia-final coube ao Estoril a tarefa de defrontar o Benfica. Na primeira mão, ainda com as aflições do campeonato presentes, a equipa deu as mãos e só quebrou aos 89 minutos com um golo de Mitroglou (1-2).
A história foi bem diferente na segunda mão, a 5 de Abril. Já com Pedro Emanuel (ao centro) como treinador, no primeiro lance da segunda parte o Estoril empatava a eliminatória, depois de já ter estado a vencer por 0-1. Inesperadamente, o lugar no Jamor estava em aberto. O Benfica precisou mesmo vestir o fato de trabalho e acabou por voltar a adiantar-se ao minuto 72, mas o Estoril não queria ceder e voltaria a colocar-se a um golo de distância na final (78’). Acabou por ser de coração nas mãos que encarnados e canarinhos viveram o jogo, mas o 3-3 final não chegou para o Estoril.
RECTA FINAL
Com a chegada de Pedro Emanuel o Estoril transfigurou-se e perdeu apenas dois dos dez jogos que o antigo central orientou. Vitórias foram cinco – Tondela (f), Belenenses (f), Setúbal (c), Chaves (c) e Arouca (c) – e os 18 pontos somados nessa recta final trouxeram os canarinhos do 15.º até ao décimo lugar final. Era a melhor classificação do Estoril desde o nono posto ocupado na jornada 12.
CONTABILIDADE
Liga NOS: 10.º lugar, 10v-8e-16d,36gm-42gs, 38 pontos;
Taça de Portugal: eliminado nas meias-finais;
Taça da Liga: afastado na 2ª eliminatória, ao perder em casa do Moreirense (1-0).
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