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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
Depois de três vitórias, três empates. Com a velocidade a aumentar, o FC Porto começa a sentir enjoos e desperdiça seis pontos em rápida sucessão. A plena extensão das consequências só se saberá após o Estoril-Benfica.
Com mais acerto por parte dos avançados poder-se-ia falar de um louco 4-4, mas Fabiano e Rui Patrício disseram “presente” em diversas ocasiões. O brasileiro destacou-se mais pela colocação; o internacional português com a defesa da noite.
O Sporting entrou no jogo a ganhar. Ainda não se tinham esgotado dois minutos e já Jonathan Silva abria o marcador, a cruzamento de Carrillo, na sequência de um lance em que Fabiano se saiu para o lado esquerdo à procura de uma bola que talvez não fosse sua.
Foi um golo tão a frio que os dragões gelaram. Além disso, não tiveram aquilo que normalmente têm diante de quase todas as outras equipas da Liga: espaço para construir jogo a partir da zona defensiva.
Fez lembrar o encontro de Alvalade da época passada. A equipa do Sporting pressionava com intensidade, conseguindo várias intercepções e antecipações, e obrigando o FC Porto a jogar mal.
Enredados na teia do Sporting e com Brahimi anulado por uma marcação cerrada, os azuis-e-brancos demoravam a reagir e não conseguiam contornar as dificuldades. O primeiro remate, tímido, apareceu para lá dos vinte minutos de jogo – já não é a primeira vez esta época.
O intervalo foi bom conselheiro. Julen Lopetegui trocou Quaresma e Ruben Neves por Óliver Torres e Tello, e a diferença foi notória. Com efeitos imediatos. Uma arrancada de Tello pela esquerda foi o primeiro sinal de que o tabuleiro tinha virado. O FC Porto denotou mais segurança na posse de bola, começou a chegar mais vezes à área contrária e a ganhar mais cantos.
Jackson Martínez apareceu isolado frente a Patrício mas não teve engenho para o desfeitear, na melhor oportunidade do FC Porto em todo o jogo. Se o golo não surgiu a bem, surgiria a mal. Num movimento semelhante ao de Carrillo, Danilo subiu pela direita e cruzou rasteiro, para Naby Sarr desviar para a própria baliza.
O francês por pouco não repetia a dose minutos depois em lance gémeo ao do golo do empate, antes de Herrera dar a Patrício a tal defesa da noite. Já perto do fim Tello também se isolou perante o guarda-redes leonino, mas não dominou a bola nas melhores condições e hesitou na hora de definir o lance, permitindo a recuperação dos defensores do Sporting, ainda que tenha conseguido rematar com perigo.
Continua a faltar ao FC Porto precisão nos cruzamentos. A bola saiu demasiado larga demasiadas vezes. Em jogos apertados custa pontos, como se viu hoje.
Dominando uma parte cada um, o resultado afigura-se justo, mas ninguém sai a rir do clássico. A divisão de pontos não serve a nenhuma das equipas, que chegaram a esta jornada com margens de erro bastante apertadas. Os estados de graça de Lopetegui e Marco Silva terminaram, se é que chegaram mesmo a existir.
Note-se que Silva já havia sido chamado ao gabinete de Bruno de Carvalho para um puxão de orelhas após o empate com o Belenenses e Pinto da Costa foi assistir a um treino durante a semana. O que raramente é bom sinal no reino do Dragão.
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