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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
Até dá vontade de ir apressadamente verificar todos os calendários e agendas, mas não há engano. É mesmo 13 de Agosto e o FC Porto está fora da Liga dos Campeões. Escrever a segunda parte da frase anterior tão cedo na época é tão impensável quanto um 0-3 em 34 minutos de jogo. Aí, há mérito do conjunto russo, que foi cirúrgico na forma como deu a volta à eliminatória. Logo ao minuto 3, num pontapé de canto, Tonny Trindade de Vilhena ficou esquecido ao segundo poste e rematou cruzado a contar; aos 12, num contra-ataque que beneficiou de um corte de Corona directamente para os pés de Wanderson, Suleymanov, isolado, não teve dificuldades em bater Marchesín. O mesmo Suleymanov, agora em lance individual, assinaria o terceiro do Krasnodar com um remate cruzado. O estrondo foi tal, que os dragões não conseguiam melhor que alternar passividade com letargia, e vice-versa. Nakajima era dos poucos que motravam alguma presença mental, procurando constantemente mostrar-se ao jogo para receber a bola e distribuir, mas à sua volta Marega e Luis Díaz eram pouco mais que inconsequentes, enquanto Corona, apesar de esforçado, estava demasiado individualista. Sérgio Conceição fez o mais natural nestas circunstâncias, ao tirar o lateral Saravia para colocar o ponta-de-lança Zé Luís (37'), mas a equipa, atordoada, demorou algum tempo a reagir. Logo a seguir à saída de Sérgio Oliveira por lesão (49'), foi por pouco que o Krasnodar não fez mais um golo, em novo lance de transição rápida (52'), mas Marchesín foi gigante a negar a finalização de Berg. Pouco depois (57'), o FC Porto finalmente tinha sucesso nalguma coisa; numa jogada de envolvência Alex Telles cruzou para a zona frontal, onde Zé Luís se elevou para cabecear para o fundo das redes. Só aqui o FC Porto colocou o coração em campo - porque a cabeça, na verdade, nunca chegou a aparecer. Ainda assim, essa nova intensidade serviu para pouco mais que mostrar que o FC Porto tinha algum futebol dentro de si. O golo de Luis Díaz (76'), num bom remate curzado, ainda fez os dragões acreditar que era possível sair do buraco em que se tinham metido, mas até final não haveria mais oportunidades. E assim, 19 anos depois, o FC Porto volta a despedir-se da Champions antes da chegada ao quadro principal. O choque é bem maior que nesse Agosto de 2000, pois na altura a 3.ª pré-eliminatória era a última e o carrasco foi o Anderlecht, um grande do seu país. Perder para o Krasnodar estava fora dos planos - excepto para os próprios russos, claro.
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