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CORTE LIMPO

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Terça-feira, 18.10.16

Liga dos Campeões, fase de grupos – Club Brugge KV 1-2 FC Porto – Frios números

É frequente debater-se quem mais merecia ganhar o jogo que acaba de terminar. Tentar fazê-lo em relação a esta partida decerto resultaria numa discussão prolongada, pois aparentemente ninguém merecia chegar ao apito final com os três pontos na mão, de tão maltratada que a bola foi ao longo dos 90 minutos. Principalmente por parte do FC Porto, que teimava em não acertar passes, fossem eles simples ou em profundidade. Já o Club Brugge, por muito que quisesse, não conseguia fazer melhor, à falta de recursos técnicos da maioria dos seus homens. Valham então os números, frios como sempre, para sair do labirinto em que a retórica se perderia.

Tal como nos jogos com Boavista e Leicester, o FC Porto voltou a entrar mal, vendo-se cedo a perder. O Brugge, ainda assim, foi cortês o suficiente para deixar um aviso antes de provocar estragos, no caso através de um livre lateral de van Rhijn que Casillas defendeu para canto. À segunda, num lance que apanhou a defesa portista sem rumo, Vossen colocou os da casa em vantagem (12’), aproveitando um ressalto que pareceu acontecer numa zona difícil do corpo de Marcano. Os minutos foram passando e o FC Porto não dava mostras de se conseguir recompor do golpe. A bem arrumada equipa do Brugge não permitia que os dragões empreendessem transições ofensivas, e o futebol directo à procura ora de Otávio, ora de André Silva, encontrava-os demasiado desacompanhados.

A segunda metade ia pelo mesmo caminho. Dentro das suas limitações, o Brugge estava confortável em campo, e o FC Porto não via como encontrar a saída. Até que Nuno Espírito Santo agiu, lançando Brahimi e Corona, cerca da hora de jogo, para os lugares de Herrera e Diogo Jota. Com mais presença portista nos flancos, o Brugge perdeu algum rigor nas marcações, fazendo, entre outras coisas, com que os laterais encontrassem o espaço que até aí não tinham. Seria precisamente numa subida de Layún que o FC Porto chegaria ao empate (68’). Numa recuperação de bola, Otávio transportou pela esquerda, metendo depois no meio, por onde o lateral mexicano avançava solto e a todo o gás. Pela distância a que ainda estava da baliza, talvez Layún tenha arriscado em rematar, mas a verdade é que foi certeiro. Mesmo tendo tomado o controlo do jogo depois das alterações, nem por isso o FC Porto passou a deslumbrar, pelo que ainda não era líquido que a igualdade pudesse ser desfeita. Até porque o próprio Brugge estava a ficar sem pernas, e já não trazia o jogo tantas vezes para o meio campo contrário.

André André ainda substituiu o esgotado Otávio na tentativa de dar músculo ao meio-campo, mas o tempo de compensação chegou e o empate era deveras justo. Já se preparavam os tópicos para o rescaldo e se abriam os compêndios de aritmética para explicar o quão difícil era a situação classificativa em que o FC Porto ficava, quando o futebol relembrou todos de que é sempre até ao fim. Claudemir cometeu grande penalidade sobre Corona, e André Silva converteu o castigo (90’+3’). A bola ainda iria ao centro, mas não havia tempo para mais e o FC Porto, merecendo ou não, sai de Brugge ressuscitado para a segunda volta da fase de grupos. Todavia, ainda não é possível perceber se este FC Porto tem pernas para a frente europeia. Valham os frios números.

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por Miran Pavlin às 23:45




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