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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
A Liga dos Campeões está de volta, trazendo mais uma vez consigo estádios cheios e enfeitados com os adereços da competição, e mais olhos a ver um pouco por toda a parte. As luzes da ribalta terão, de novo, ofuscado Lopetegui, que mesmo castigado por via da expulsão em Munique na época passada, não resistiu a uma mexida de fundo, apresentando a equipa no que se assemelhou a um 4-5-1.
Não terá sido por aí que o FC Porto não saiu de Kiev com a vitória, mas a verdade é que os dragões denotaram algumas dificuldades na aplicação da pressão sobre o adversário. Ora havia demasiados jogadores a cair sobre a bola, ora havia espaço a mais. O primeiro aspecto custou um golo. Com a equipa do FC Porto desposicionada sobre a esquerda, um movimento rápido do Dinamo levou a bola até à área, onde Gusev apareceu sozinho para finalizar a contar (20’).
O FC Porto não tremeu e empatou a contenda três minutos volvidos, por Aboubakar. A veia goleadora do camaronês estende-se agora à Europa. Assistido por um cruzamento de Layún, Aboubakar subiu às alturas e cabeceou certeiro. Era tudo o que a equipa precisava para se acalmar, com a referência ofensiva a dizer “presente”.
Apesar de tudo, o jogo teimava em não desbloquear. Um novo buraco na defesa portista deixou Garmash isolado perante a baliza. O médio ucraniano rematou bem, mas Casillas opôs-se com uma notável defesa. André André esteve mais uma vez em alta rotação, Ruben Neves foi novamente competente e Brahimi procurou desequilibrar, mas o Dinamo Kiev não dava sinais de fraqueza.
Até que aos 81 minutos, na sequência de um canto, um mau alívio do guarda-redes Rybka provocou o caos na área dos ucranianos, com a bola a cair em Aboubakar, que disparou cruzado para o seu segundo golo da noite. Um justo prémio para o trabalho do ponta-de-lanca azul-e-branco. Pensava-se que seria o golpe de misericórdia, mas o Dinamo ainda tinha uma palavra a dizer, e chegaria à igualdade aos 89 minutos, num lance ingrato para o árbitro assistente.
Numa segunda vaga de ataque, uma bola aparentemente inofensiva acabou por ser fatal para os dragões. Rybalka colocou de forma desajeitada na área portista, e a bola passou pela zona de acção de Kravets, que estava adiantado e por isso se desviou. Foi o suficiente para que a defesa do FC Porto hesitasse por um segundo, permitindo a Buyalsky, que reagira de pronto, aparecer solto frente a Casillas e fixar o resultado final. O lance é passível de mais que uma interpretação, mas tendo em conta que o adiantamento de Kravets em nada perturbou o guarda-redes, a decisão do árbitro assistente parece acertada.
Por ser tardio, o empate pode deixar um sabor amargo ao FC Porto, mas em última análise será um resultado justo. Só o desenrolar do grupo poderá clarificar se os dois pontos aqui perdidos serão um factor complicativo para as contas do FC Porto. Por enquanto nada está em causa, nem nada diz que a equipa não tem os predicados necessários para passar à fase seguinte.
Na próxima jornada, ainda este mês, o Chelsea visita o Dragão. Antes disso, porém, o FC Porto vive o primeiro momento crucial da temporada, ao receber o Benfica. É já no próximo domingo. Pouco tempo para recuperar da viagem e preparar o jogo.
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