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CORTE LIMPO

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Quarta-feira, 06.12.17

Liga dos Campeões, grupo G - FC Porto 5-2 AS Mónaco FC - Mão firme

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364 dias depois, o FC Porto voltava a jogar a última jornada da fase de grupos em casa, com o apuramento ainda por garantir, e defrontando um adversário já com a vida resolvida, por conseguinte não alinhando com as peças habituais. Os detractores do FC Porto decerto serão lestos a deslustrar os números do resultado invocando o reduzido foco competitivo do Mónaco, mas tal como há quase um ano frente ao Leicester City, os dragões fizeram por merecer a robusta vitória com que reservaram lugar nos oitavos-de-final. Nesse jogo de 2016 os então campeões ingleses sofreram o primeiro golo aos seis minutos. Esta noite o marcador abriu aos nove, quando Aboubakar se isolou na cara do golo numa segunda bola e não perdoou. Era importante marcar cedo, e o golo permitiu ao FC Porto gerir o ritmo do jogo. Mesmo sendo sabido que na Liga dos Campeões todo o cuidado é pouco, a verdade é que o Mónaco ia jogando um futebol circunspecto, de pouca vocação atacante, e à espera de colocar no momento certo os avançados contrários em fora-de-jogo. A armadilha não resultou no primeiro golo e voltou a não surtir efeito no terceiro (45'), com Brahimi em jogo a receber um óptimo passe picado de Aboubakar. Nessa altura já o camaronês tinha bisado (33'), trabalhando bem sobre Glik na área para se enquadrar e rematar rasteiro por baixo do corpo de Benaglio, e Felipe tinha sido expulso (38') por responder a uma provocação de Ghezzal, que lhe meteu a mão na cara após um lance mais viril. O central vai fazer falta no jogo dos oitavos-de-final, assunto que só voltará acima da mesa na altura. Ghezzal foi também expulso, mas Sérgio Conceição ajustou mesmo assim a equipa tirando André André para meter Reyes (42').
Com 3-0 ao intervalo e jogando com dez era plausível que o FC Porto surgisse menos intenso no reatamento. Talvez seja por aí que se explicam os três remates com algum perigo consentidos aos campeões franceses até ao minuto 61, altura em que Glik converteu uma grande penalidade por mão de Marcano que não parece existir. O golo sofrido acabaria mesmo por ser o mote para que os dragões dessem um pouco mais de si, e a resposta não se fez demorar (65'), num belo remate rasteiro cruzado, de fora da área, de Alex Telles. O jogo ganharia novos contornos com as entradas de Falcao e João Moutinho (66'), muito saudados pela plateia, que vieram dar outra solidez ao Mónaco. Falcao marcaria mesmo (78'), na pequena área, após uma saída extemporânea de José Sá a uma bola que não era sua, e à qual também acorria Ricardo. Keita Baldé, que entrara seis minutos antes, recuperou-a e cruzou para a cabeça do colombiano. Corona fora lançado ao minuto 67 e deu nova vida ao flanco direito do ataque. O último golo do encontro (88') nasceu de uma boa finta do mexicano, antes de Ricardo cruzar e Soares - entrado aos 85 minutos - se elevar com firmeza e cabecear certeiro.
Tanta firmeza quanta a da mão portista que agarrou mais uma presença na fase a eliminar da Liga dos Campeões, depois de um início difícil em que somou três pontos em três jogos. Foi um teste à capacidade mental da equipa, que sai com nota positiva, e marcando 15 golos pelo caminho. Só Paris SG (25, recorde), Liverpool (23) e Chelsea (16) marcaram mais. Os dez golos sofridos, no entanto, poderão - ou não - ser sinal de alarme. Dos apurados, só o Sevilha (12) sofreu mais.

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por Miran Pavlin às 23:00




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