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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
A esperança que o FC Porto ainda tinha em discutir a eliminatória caiu por terra de forma semelhante à primeira mão: com a exuplsão de um lateral. Depois de Alex Telles, agora foi Maxi Pereira a parar no sinal vermelho, ao cometer a grande penalidade que definiu o resultado. A inferioridade numérica voltou a condicionar o FC Porto, mas desta vez a equipa não procurou a contenção. Nem podia ser de outra forma, já que para todos os efeitos os dragões não tinham nada a perder. Apresentando o mesmo onze das jornadas mais recentes da I Liga – com Danilo Pereira, André André, Óliver Torres e Brahimi a povoar o meio-campo no apoio a André Silva e Soares – o FC Porto enfrentava uma Juventus com alterações em relação ao jogo do Dragão, principalmente na defesa, onde Lichtsteiner, Chiellini e Barzagli não repetiram a titularidade; mais à frente, Pjanić também ficou no banco. Alinharam então de início Daniel Alves, Bonucci, Benatia e Khedira, e se tivesse corrido mal falar-se-ia em sobranceria, mas como resultou será apenas gestão do plantel, num sinal da tranquilidade com que os bianconeri encararam esta segunda mão.
Sem medo de ter atitude, e com isso não perdendo a bola desnecessariamente, os homens do FC Porto saíram então em busca da baliza de Buffon, principalmente através da imprevisibilidade de Brahimi e de uma ou outra iniciativa de Danilo Pereira. A equipa ia mostrando conforto no jogo, conseguindo com isso algumas recuperações e posse de bola, no entanto os lances de maior perigo voltaram a ser da responsabilidade da Juventus, pois o FC Porto continuou sem conseguir visar as redes contrárias, à excepção de um remate de Soares (12’) que Buffon segurou facilmente. Dybala tentou dois remates de longe que não causaram perigo, antes de um cabeceamento de Mandžukić colocar Casillas à prova (23’). Ao minuto 41 Casillas respondeu com uma boa defesa a um cabeceamento em zona frontal, mas a bola ficou à mercê de novo remate, que Maxi Pereira, deitando-se, bloqueou com o corpo… e com os braços. Grande penalidade indiscutível e cartão vermelho, com Dybala a converter o castigo com mestria, rematando colocadíssimo junto ao poste esquerdo de Casillas.
Só no reatamento Nuno Espírito Santo corrigiu a defesa, lançando Boly em novo sacrifício de André Silva. Danilo Pereira quase fez auto-golo (48’), segundos antes de uma oportunidade para o FC Porto, quando Soares se isolou perigosamente a caminho do golo. Buffon fechou bem a baliza e a finalização saiu rente ao poste. Os dragões nunca desistiram de tentar, mas só estariam cara a cara com Buffon mais uma vez (82’), já com Diogo Jota em campo. O avançado também se isolou sobre o flanco esquerdo e tentou picar a bola sobre o guarda-redes, mas encontrou a malha lateral. Nos minutos em que esteve em campo – entrou aos 67 – Jota voltou a realizar uma sólida exibição, pontuada por mais uma arrancada que levou a bola quase de uma área à outra. Otávio também foi a jogo (70’), numa altura em que a partida começava a ter pouco para dar. A velha senhora também esteve perto do golo na segunda parte, nomeadamente num remate de Pjaca após assistência de calcanhar, no ar, de Mandžukić (60’) e num cabeceamento de Higuaín (66’), contudo não mais se gritaria golo.
Tendo em conta a atitude demonstrada pelo FC Porto, a segunda mão não foi um passeio, mas não deixou de ser uma noite predominantemente tranquila para a Juventus. Já ao FC Porto vale o brinde moral de não sair envergonhado da eliminatória. Uma coisa não ficou clara, nem nunca ficará, no caso o que poderia o FC Porto ter conseguido caso tivesse passado os 180 minutos sempre com onze jogadores; mesmo levando em linha de conta o potencial das duas equipas, que, como se sabe, nem sempre entra em campo.
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