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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
O arranque da caminhada portista no campeonato foi tão imponente que até pareceu tratar-se de uma jornada algures a meio da prova, com a equipa já em velocidade de cruzeiro. Perdido na velha máxima de uma equipa só jogar o que a outra deixa ficou o Desportivo de Chaves, que teve efectivamente pouca bola e não conseguiu - ou não soube - criar algo de positivo quando a teve. Bem cedo ficou a perceber-se qual seria o rumo do jogo. Aboubakar ameaçou ao minuto 8, com um cabeceamento em mergulho que saiu sobre a trave, e concretizou aos 14, trabalhando bem na pequena área antes de finalizar. O lance começou em Otávio junto à bandeirola de canto e passou por uma simulação de André Pereira antes de a bola chegar ao camaronês. Ao minuto 20 surgiria o segundo golo de Aboubakar, seguramente um dos mais fáceis que alguma vez teve de marcar. O segredo da jogada esteve no passe de Sérgio Oliveira para a desmarcação de Otávio, que apanhou os transmontanos totalmente desprevenidos. Não foi o único momento em que o FC Porto descobriu linhas de passe menos óbvias, que além de confundirem o adversário eram agradáveis à vista. Em lance individual Brahimi assinou o terceiro golo, com um remate inesperado depois de ultrapassar o central flaviense Maras (45').
Desta vez não houve a gestão de esforço tantas vezes levada a cabo quando tudo parece estar decidido. O FC Porto voltou do intervalo com a mesma atitude e criou perigo logo na bola de saída, em jogada de insistência com alguma confusão na área. As jogadas com princípio, meio e fim sucediam-se, mas seria preciso esperar até ao minuto 71 para ver um golo, agora por Corona, que interceptou um passe junto ao círculo de meio campo e cavalgou imparável até à festa. Os homens do Chaves limitaram-se a ver o mexicano avançar, diga-se. Corona tinha entrado apenas quatro minutos antes, para o lugar de André Pereira. Pouco depois do quarto golo iria a jogo Adrián López, que assim dava início à sua terceira tentativa de afirmação no FC Porto. O terceiro suplente utilizado seria Marius, que entrou aos 81 minutos e precisou de apenas sete para marcar. No lugar certo à hora certa, o chadiano estava onde era preciso para emendar de cabeça um remate transviado de Sérgio Oliveira.
Mesmo tentando colocar-nos do lado dos flavienses, é impossível questionar a justiça desta manita. Cinco golos que, no fundo, não valem mais que três pontos. O Chaves pode desde já colocar para trás das costas um dos três jogos teoricamente mais difíceis que cada equipa tem que fazer em cada campeonato português. Do outro lado, se os dragões não ganharam uma moral extra, pelo menos mantiveram a que já traziam.
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