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Segunda-feira, 18.12.17

Liga NOS, 15.ª jornada - FC Porto 3-1 CS Marítimo - Apanhar o autocarro

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Foi preciso esperar quase meia época até que o FC Porto se deparasse com um adversário a jogar no chamado autocarro. E quem diria que o responsável daria pelo nome de Marítimo, tão só o quinto classificado da Liga, que na jornada anterior venceu nada menos que o Braga. Quando o técnico maritimista Daniel Ramos anteviu o jogo referindo que "empatar já seria extraordinário", cheirou a bluff, mas não. O ferrolho era mesmo a estratégia privilegiada pelo Marítimo para contrariar o FC Porto, que respondeu com um futebol variado como há bastante tempo não se via. Alternando velocidade com paciência, lances individuais com colectivos, e ora procurando as alas, ora o meio, os dragões gozaram de largos períodos com bola, fazendo circulação à procura de um desequilíbrio. Somando a busca ofensiva portista ao retraimento insular, o resultado era um jogo de sentido único, que demorou 18 minutos a desbloquear. Nesse momento, Felipe ter-se-á sentido do tamanho de um boneco de Lego, pois o golo foi da autoria de Reyes, precisamente o homem que o substituiu no centro da defesa nos últimos jogos. Em mais um canto de Alex Telles, o central mexicano cabeceou com força na pequena área.
De forma um tanto ou quanto inesperada, o Marítimo chegou ao empate ao minuto 26, naquela que terá sido a sua única incursão atacante. Ricardo Valente assumiu o volante do autocarro e conduziu um contra-ataque pela direita até ao remate, forçando José Sá a defender com uma estirada. Fábio China manteve o lance vivo do lado contrário e assistiu Fábio Pacheco, que entrara solto na área e rematou certeiro, com a bola a desviar em Reyes. Os verde-rubros podiam assim voltar ao conforto da sua toca, mas foram traídos pela expulsão de João Gamboa (39'), que acumulou amarelos em apenas três minutos. A pressão do FC Porto não baixava, e deu novo fruto em cima do intervalo (45'), quando um passe de Brahimi rasgou o lado direito da defesa do Marítimo, permitindo a Marega finalizar com um bom remate, já de ângulo apertado. O passe e desmarcação foram repetidos na perfeição no terceiro golo dos dragões (78'), ao ponto de nem valer a pena descrever a jogada. Só mudou o remate: a subir no 2-1, rasteiro no 3-1. Marega só não terminou com um hat-trick porque Charles lhe negou um remate à meia volta com uma enorme defesa (52'). A equipa do FC Porto funcionou tão bem que não foi necessário efectuar mexidas de fundo no onze. Aboubakar e Brahimi tiveram direito a descanso (72 e 83 minutos, respectivamente), consequentemente dando minutos a Soares e a André André.
Em nenhum momento o Marítimo optou por se aventurar no ataque, e com isso não poderia nunca beneficiar de alguma bola parada perto da área do FC Porto. Com todo o perigo a vestir de azul-e-branco, não resta senão sublinhar a justiça do triunfo portista, que acabou por se superiorizar com naturalidade à pouca ambição do Marítimo desta noite. Até apetece dizer que o FC Porto apanhou o autocarro que o transporta para 2018 na liderança.

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por Miran Pavlin às 23:59


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