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CORTE LIMPO

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Sábado, 13.02.21

Liga NOS, 20.ª jornada - FC Porto 2-2 Boavista FC - Cabeça nas estrelas

FCPBOA.jpg

O calendário do futebol todos os anos faz das suas, ao encadear jogos relevantes. Desta vez, coube ao FC Porto ter um dérbi antes do regresso da Liga dos Campeões. Motivação ao máximo? Nem por isso, a avaliar pela primeira parte do jogo. A cabeça do FC Porto estava mais que na lua. Estava nas estrelas, mesmo; as da Champions. Só isso poderá explicar que ao intervalo a sensação fosse a de que o 0-2 no marcador era justíssimo. Logo ao segundo minuto, Marchesín teve que se aplicar para parar um desvio de Elis em zona frontal. Dois minutos mais tarde, na sequência de um canto que talvez não fosse, Porozo elevou-se ao primeiro poste e desviou para o golo. Elis ameaçou novamente ao aparecer solto para novo desvio e nova defesa de Marchesín (32'), e aos 45'+1' marcou mesmo, agora a cruzamento de Ricardo Mangas. O lance nasce de uma boa tabelinha entre Mangas e Angel Gomes no flanco esquerdo, perante três adversários, que ficaram bastante mal na fotografia. Do lado do FC Porto não havia nenhum lance de perigo a registar. O único alívio da equipa seria mesmo a ausência de público. Imagine-se o tamanho da vaia, caso existisse uma plateia agastada a priori pelos empates e incidências das três partidas anteriores... Sérgio Conceição fez uma cirurgia ao intervalo, removendo Diogo Leite, Fábio Vieira e João Mário para colocar Zaidu, Grujic e Otávio, e finalmente a equipa mostrou qualquer coisa. Mas não terá sido apenas pelas substituições que o FC Porto ligou o motor. Terá sido também porque, face à conjugação dos muitos pontos desperdiçados nas jornadas recentes, com o percurso de um líder da classificação que não tem fraquejado, já não é sustentável perder mais pontos. Taremi relançaria o jogo relativamente cedo na segunda parte (54'), mas o FC Porto, embora mais empreendedor, não colocava verdadeiramente o Boavista em apuros. Seria uma grande penalidade, por derrube de Devenish a Evanilson, a proporcionar aos dragões a oportunidade de empatar. Sérgio Oliveira não enjeitou (82'). Já estava em campo Francisco Conceição (entrou aos 77'), filho de Sérgio, que trouxe uma agitação diferente ao jogo sempre que teve a bola. Pouco depois, numa jogada em que dois axadrezados fecharam o caminho a Conceição (86'), Sérgio Oliveira teve nova oportunidade da marca de 11 metros. O médio escolheu atirar para o outro lado, mas a cobrança saiu ao poste. Sobre o final do tempo regulamentar (89'), Francisco Conceição furou área adentro, pela direita, e entregou a Evanilson, que desviou a contar. Entre festejos efusivos e alguma comoção, o lance ia ao vídeo-árbitro. Talvez porque Evanilson chutou o pé de Devenish ao mesmo tempo que chutou a bola? Não. Ao subir após o remate, a bola terá ressaltado no braço do homem do FC Porto. As imagens não são particularmente esclarecedoras. O golo é que não contou, mesmo. Foi só mais um festejo-fantasma proporcionado por este bravo novo futebol do século XXI. No final da partida, a certeza é só uma: o Boavista consegue um feito, ao sair de casa do seu rival citadino com um ponto. Não é assim tão vulgar.

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por Miran Pavlin às 23:59




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