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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
Nervoso e hesitante em diversos momentos ao longo da primeira volta, especialmente longe do Estádio do Dragão, o FC Porto mostra agora um rosto bastante mais atraente, maquilhado por nove vitórias consecutivas e pelo impacto que a chegada de Soares provocou. Em seis jogos para a I Liga, incluindo este, o avançado brasileiro soma já nove golos, oferecendo à equipa justamente aquilo que lhe faltava: uma referência ofensiva para os momentos em que André Silva não vem de pontaria afinada. Desde que chegou ao FC Porto, Soares só ficou em branco no encontro da Liga dos Campeões. Decerto que mais cedo ou mais tarde Soares passará momentos longe do golo, mas por enquanto tem sido um matador com todas as letras.
Ainda assim, não foi Soares o primeiro a colorir o marcador. Ao cabo de quinze minutos de estudo, o FC Porto beneficiou de um livre a meio do meio-campo do Arouca. Brahimi bateu para a área e Danilo Pereira subiu às alturas por entre os defesas arouquenses para um cabeceamento cruzado. Três minutos mais tarde Soares apareceu isolado frente a Bracali, num lance iluminado por enormes néons com a palavra “golo”, mas a finalização do ponta-de-lança bateu no poste. Valeu a mancha do ex-portista Bracali. Não foi à primeira, foi à segunda. Ao minuto 25 Óliver Torres cruzou na esquerda para um desvio certeiro de Soares na zona fatal. Felipe, imagine-se, saltou com o avançado para o cabeceamento, quase importunando o movimento. Com dois golos à maior em menos de meia hora o FC Porto tinha o jogo na mão. Não restava ao Arouca senão procurar um golo que lhe pudesse injectar um pouco de ânimo, mas o FC Porto não estava na disposição de permitir veleidades. O Arouca, diga-se, não foi em nenhum momento uma equipa defensiva, mas não conseguiria causar desequilíbrios na defensiva contrária, terminando a partida sem nenhuma oportunidade clara de golo.
No segundo tempo o jogo pautou-se por uma tranquilidade talvez excessiva de parte a parte. Houve tempo para o FC Porto limpar a folha disciplinar com vista à ida à Luz, no caso através do quinto cartão amarelo visto por Maxi Pereira e André André, e para refrescar a equipa com as entradas de Diogo Jota, Otávio e João Carlos Teixeira – saíram André Silva (71’), Brahimi (76’) e André André (85’), respectivamente. Jota foi determinante para o avolumar do marcador já perto da recta final do encontro, não só porque apontou o 0-3 mal entrou em campo (71’), mas também através da energia e disponibilidade que emprestou às movimentações dos azuis-e-brancos, permitindo também a Brahimi ter menos atenções sobre si. O quarto golo apareceu ao minuto 86, numa arrancada de Maxi Pereira, que cruzou para o bis de Soares, que aparecia sozinho em frente à baliza.
Era o 11.º golo portista em dois jogos, cifra impensável não há muito tempo. De gato sem unhas, o FC Porto passou a arranhar como um tigre. Até quando durará a melhor fase da época?
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