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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
A notícia chegou enquanto o FC Porto aquecia no relvado da Choupana. O Benfica era derrotado em Vila do Conde, transformando este jogo numa oportunidade de ouro para os dragões encurtarem para um singelo ponto a distância relativamente ao topo da classificação.
O FC Porto passava a ter nas mãos justamente a mesma missão que quer Benfica, quer Sporting, tiveram em diversas ocasiões há uns sete, oito anos, e que repetidamente falharam: aproveitar na mesma jornada um deslize do comandante.
Analisando por outro prisma, as deslocações dos azuis-e-brancos à Madeira são já um caso crónico de dificuldades e desinspiração. O que não desculpa a pouca intensidade que o FC Porto imprimiu ao jogo, principalmente na etapa complementar. Não é que o chuveirinho fosse solução, e é verdade que o FC Porto enviou duas bolas aos ferros, todavia faltou-lhe aquilo a que os ingleses chamam bite. Capacidade de morder a baliza adversária. Acutilância, portanto.
A primeira parte teve mais FC Porto, mas pouco perigo junto à baliza. O Nacional foi uma equipa competitiva, mostrando que está num momento da época bem diferente do da primeira volta. Nem o golo sofrido numa altura crucial (45’), num remate colocado de Tello, abateu os insulares, que no segundo tempo não se fizeram rogados no aproveitamento da ligeireza portista.
Com Danilo e Alex Sandro especialmente permeáveis, os atacantes do Nacional iam explorando bem as alas, e o golo surgiria de um desses lances (62’), num cruzamento que passou por toda a pequena área portista até encontrar Wagner ao segundo poste. Alex Sandro estava atrasado.
Um ligeiro balanceamento ofensivo do FC Porto na resposta ao empate quase custava a reviravolta, mas Lucas João teve um falhanço inacreditável a poucos metros da baliza. Lopetegui lançou Quintero – mostrou pouco – e Quaresma – muito activo, mas pouco concreto – na tentativa de recolocar o jogo nos mesmos moldes do primeiro tempo, mas nesta fase já o Nacional estava mais confortável sobre o terreno, pelo que as alterações não surtiram o efeito desejado.
Atendendo àquilo que foi o jogo, o empate acaba por ser justo, mas não deixa de ser um luxo a que o FC Porto não se pode dar, muito menos quando havia em cima da mesa um brinde para reclamar. E agora não vale a pena chorar sobre leite derramado. Passam a ser três os pontos que separam o FC Porto do topo. Nas presentes condições, só uma vitória por 0-3 na Luz conferirá vantagem aos dragões.
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