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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
O estádio Capital do Móvel, anteriormente conhecido como Mata Real, vinha sendo um campo minado para o FC Porto. Ao ponto de já poucos, ou nenhuns, se lembrarem de que foi aqui que em 2013 os dragões carimbaram o título. Outros tempos. Os que se seguiram trouxeram, portanto, uma colecção de resultados adversos, com consequências mais, ou menos, gravosas. Daí que ter este encontro no calendário a seis jogos do fim é como se fosse uma montanha. O FC Porto chegou ao golo cedo (7'), por Mbemba, que na sequência de um canto aproveitou uma sobra na área, em frente à baliza, para rematar forte e a contar. Seria o único do jogo, porque daí para a frente os avançados do FC Porto primaram pela ineficácia. Mesmo descontando o futebol monocórdico dos dragões, que de certa forma lhes dificulta a tarefa por não forçar o adversário a deixá-los soltos de marcação. No mais flagrante lance dos dragões no jogo (77'), Luis Díaz, com o golo à sua mercê, permitiu a defesa a Ricardo Ribeiro com uma tímida finalização. Antes (50'), o pacense Luiz Carlos escapou-se na zona frontal e desviou de cabeça um cruzamento de Pedrinho na direita, uns centímetros ao lado do poste esquerdo de Marchesín. O mesmo Luiz Carlos voltaria a colocar Marchesín à prova (67'), mas o argentino negou que a pressão dos castores resultasse em golo. Mesmo assim, não foi um jogo bonito. Houve alívios de qualquer maneira e algum futebol desconexo de parte a parte. Talvez o próprio Paços estivesse em noite não, quebrando assim a sua sequência perfeita no pós-interregno. Marchesín voltou a ter que se aplicar para impedir o golo num remate de longe de Jorge Silva (86'), e o FC Porto por pouco não matou o jogo (89'), num contra-ataque entre Vítor Ferreira e Marega, finalizado por Fábio Vieira. Valeu Oleg Reabciuk, que fez um corte arriscadíssimo, daqueles que têm o auto-golo ali à mercê. O Paços de Ferreira fez por justificar o empate, mas sem golo é sempre como a omolete sem ovos. Assim, o FC Porto terminou o encontro no topo da montanha da Mata Real. Por vezes, como nesta, ganhar jogando mal vale mais do que parece.
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