Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
Esta terá sido a exibição mais conseguida do FC Porto em casa do Benfica desde, provavelmente, 2002/03. A consideração pode eventualmente pecar pelo exagero, mas assim que soou o apito final a imagem era nítida: os dragões tinham sido superiores em cada momento, em cada minuto, e o que fizeram, fizeram tão bem que o Benfica nunca conseguiu verdadeiramente impor o seu jogo de passes e movimentações rápidas. Ora cobrindo espaços, ora jogando na antecipação, os azuis-e-brancos goravam cada tentativa contrária. Com Romário Baró e Luis Díaz em alta rotação, o FC Porto ia ganhando as batalhas a meio-campo, mas o primeiro lance de perigo só surgiria ao minuto 21, num remate de Zé Luís, isolado, para defesa vistosa de Vlachodimos. Na sequência do canto o avançado marcaria mesmo, aproveitando da melhor maneira um corte falhado de Ferro, contra o corpo de Rúben Dias (22'). Enquanto os dragões foram tendo outros lances de perigo, como o remate de Luis Díaz, numa sobra (48'), para nova defesa aparatosa de Vlachodimos, o Benfica só se mostraria à passagem da hora de jogo, quando Seferovic finalmente escapou à marcação e rematou um nada ao lado do poste. Ainda assim, o suíço estava ligeiramente adiantado, pelo que o lance não contou. Falando em marcação, ela foi impiedosa, nomeadamente sobre Rafa. Pepe chegou mesmo a pisar o risco aqui e ali, com o juiz Jorge Sousa a condescender talvez em demasia - especialmente quando tinha amarelado Marchesín logo ao minuto 41 por atrasar uma reposição. Falando agora em Marchesín, o argentino terminaria o encontro com apenas uma defesa, a um tímido remate de Rafa, já de ângulo apertado (74'). O FC Porto teria um match point ao minuto 78, quando Marega correu uns bons 30 metros sozinho mas colocou um nada ao lado perante a mancha possível de Vlachodimos. Só à segunda Marega marcaria, num lance em tudo idêntico. Desta vez o passe a rasgar saiu suculento desde a direita, onde Otávio teve todo o tempo do mundo. O Benfica ainda introduziria a bola na baliza portista (90'+5'), mas mais uma vez o lance seria invalidado. O facto de os dois lances mais perigosos dos encarnados terem sido fora-de-jogo espelha bem o quanto o Benfica passou 90 minutos, mais descontos, preso na teia do FC Porto, que assim dá um sinal de vida que corta pela raiz - pelo menos por uns tempos - toda a incerteza que pairava sobre si.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.