Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
Da mesma forma que Braga foi, até finais da década passada, um feudo do Benfica no norte do país, o Estádio do Bonfim é como que uma segunda casa para o FC Porto, já que a última derrota dos dragões em Setúbal data da época 1982/83. Do ponto de vista do Vitória, tarda em aparecer uma excepção que confirme esta regra não escrita.
Já para o FC Porto este triunfo significou o quebrar de um enguiço, no caso o de não vencer partidas a sul do Mondego desde a primeira jornada de 2013/14, quando conseguiu um 1-3… em Setúbal, pois claro! Tratava-se de um pequeno-grande enguiço. Pequeno porque são poucas as deslocações ao sul – tempos houve em que ainda havia Leiria, Alverca, Campomaiorense e Farense na I Liga – e grande porque inevitavelmente inclui Benfica e Sporting. E ainda falta visitar o Restelo, que confirmará se este jogo não terá sido mesmo a excepção de uma sequência que tem deixado o FC Porto em posições delicadas, tanto na época passada como nesta.
E quanto ao jogo? Sim, porque houve um jogo, e o vosso escriba não quer de maneira nenhuma disfarçar o facto de as hipóteses de o FC Porto se sagrar campeão, apesar de ainda válidas, desaparecerem aos poucos depois do empate na Luz. Talvez a equipa secretamente sinta isso e o resultado foi uma prestação um tanto ou quanto cinzenta, nomeadamente na segunda parte.
O FC Porto poderia ter resolvido o desafio antes do intervalo. A acção desenrolou-se maioritariamente junto à grande área sadina, mas a concentração de camisolas listadas de verde e branco dificultava aproximações à baliza de Lukas Raeder, levando a que o jogo por vezes se assemelhasse a uma partida de andebol. Apesar disso, o flanco esquerdo do ataque portista esteve particularmente activo, com Alex Sandro a aparecer repetidamente sozinho e com espaço, perante a frouxa marcação dos setubalenses nesse sector. O lateral pecou apenas no cruzamento, que poucas vezes encontrou o coração da área.
Seria Ricardo, o outro lateral, a cruzar para o primeiro golo do encontro, apontado por Brahimi (15’). Tendo aparecido cedo, a vantagem dava algum à-vontade ao FC Porto, que suportou sem grandes problemas o Vitória ligeiramente revigorado do segundo tempo. Ainda assim, não foi o suficiente para que o jogo se tornasse um pouco mais interessante, pelo que os minutos foram escoando até Jackson Martínez, já na compensação, fazer o 0-2. Um golo importante para o ponta-de-lança, que tem agora a concorrência do benfiquista Jonas pela Bola de Prata.
A crença de que o inesperado aconteça ao Benfica continua na próxima semana. O FC Porto recebe o Gil Vicente, e caso vença oferece automaticamente a manutenção aos sadinos e a descida aos galos.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.