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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
Nas épocas mais recentes o FC Porto tem chegado ao seu último jogo em casa com a face do abismo colada ao nariz. Mais uma vez falhados os objectivos mínimos a que por inerência se propõe, o FC Porto mais uma vez se despedia dos adeptos apenas com a honra em jogo. Alguns poderão recordar que na época passada os dragões ainda tinham a final da Taça pela frente, mas tal foi uma excepção por ser a única ida ao Jamor em seis temporadas. O FC Porto, portanto, tem vindo a cumprir uma indesejável regra de resultados insuficientes. Enquanto os adeptos se debatiam com esta ideia e a equipa demorava a encontrar o ritmo certo para o jogo, o Paços de Ferreira adiantava-se num lance fortuito (31’). André Leal rematou um tanto ou quanto frouxo e a bola desviou o suficiente em Ricardo Valente para trair Casillas.
Sem derrotas como visitado, o FC Porto não tardou a reagir. Talvez o golo sofrido tenha mesmo sido um mal que veio por bem, já que de outra forma não se saberia de quanto tempo o FC Porto ia precisar para ligar o motor. A reviravolta portista demorou apenas oito minutos a consumar-se. Herrera elevou-se para cabecear forte a cruzamento de Corona após boa jogada (35’), antes de Brahimi (39’) converter um castigo máximo, com a bola a passar de forma ingrata sob o corpo do guardião pacense Mário Felgueiras. Ao intervalo saiu Corona para entrar Diogo Jota, que de imediato fez estragos (47’), com uma finalização convicta após se desmarcar a passe de costas, pelo ar, de Herrera. O FC Porto tomava o controlo do marcador e não o largaria até final. O quarto golo apareceu aos 88 minutos, em nova grande penalidade, desta vez batida por André Silva. Valeu o brio profissional dos jogadores azuis-e-brancos, já que foi notória a pouca alegria no futebol praticado.
Nem podia ser de outra maneira. Campeão no sofá noutras épocas, foi nesse mesmo sofá, na véspera desta recepção aos castores, que o FC Porto viu as hipóteses de ainda atingir o título se esgotarem. O FC Porto chegará então ao final da temporada com o abismo de que escrevia no início bem à sua frente, face a um insucesso continuado que era impensável até há poucos anos. A última jornada reserva uma visita a um Moreirense que ainda não assegurou a manutenção, e que por isso se espera que não seja nem esteja tão tranquilo em campo como este Paços de Ferreira, que diga-se, não veio ao Dragão fazer figura de corpo presente, pelo menos enquanto o resultado se manteve inseguro. O FC Porto acabou por não durar até ao fim do campeonato, mas será bom não esquecer que dentro de campo se joga sempre até ao fim.
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