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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
O Tondela é um adversário tradicionalmente incómodo para o FC Porto. Nem é dos que mais vezes trazem o autocarro para dentro das quatro linhas, mas sabe como fazer para embaraçar a manobra dos dragões. E cedo se ficou a perceber como seria o jogo. O Tondela procurava o contra-ataque e aproveitava cada posse de bola que ganhava para fazer passar alguns segundos sem arriscar ver cartão amarelo; sem esquecer o jogador que ocasionalmente se prostrava queixoso no relvado. Isso deixava o FC Porto com a responsabilidade de comandar o jogo. Sem que o golo aparecesse, ia nascendo a incerteza sobre se os dragões iriam consegui-lo. O FC Porto nem por isso estava a fazer um mau jogo, mas faltava o essencial. Quando não era o desacerto dos avançados, como no lance em que Aboubakar só tinha que encostar mas fincou o pé na relva e caiu (43'), era o guardião Cláudio Ramos que resolvia o problema. O jogo estava vivo e assim continuou depois do descanso. O FC Porto pressionou mais, a bola andou muitas vezes perto da área tondelense, mas os beirões não cediam. Sérgio Conceição mexeu na equipa à passagem da hora de jogo para a inclinar ainda mais para a frente, através da troca de Sérgio Oliveira por Corona, mas o resultado foi praticamente nulo. Pouco depois (64') surgia o revés da noite, com Aboubakar a elevar-se para cabecear e a sair lesionado. Pelas imagens televisivas não foi perceptível exactamente como o camaronês se terá lesionado. Para o seu lugar entrou Soares, ele próprio de regresso após lesão, e seria precisamente o brasileiro o herói da noite, ao aproveitar a única mancha no trabalho de Cláudio Ramos para apontar o golo decisivo (85'). Brahimi disparou forte, Ramos não segurou e deixou a bola à disposição de Soares, que ainda assim teve que ser convicto na finalização, pois Ricardo Costa já se lançava no corte. O antigo central do FC Porto - formado no clube, de resto - foi dos que menos mereceram sair derrotados, tal como Ramos, Ícaro - o outro central -, Joãozinho e Xavier, este pelo inconformismo. No dia em que o FC Porto celebrava os seus 125 anos de história, foi por pouco que o Tondela não fez o bolo amargar. Um erro involuntário foi quanto bastou.
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