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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
A velha pescadinha-de-rabo-na-boca do campeonato português esteve mais uma vez em exposição neste jogo. De um lado, um dos emblemas principais tendo mais bola, mas com pouco interesse em fazer mais que o necessário; do outro, uma equipa que não tenciona abrir-se em demasia, arriscando-se com isso a sofrer uma derrota volumosa. Coube, portanto, ao FC Porto fazer com que o 0-0 não se prolongasse por tempo suficiente para o deixar exposto a eventuais veleidades do Santa Clara. E quinze minutos bastaram para que o marcador funcionasse, por intermédio de Zé Luís, que desviou de cabeça um cruzamento de Danilo Pereira. O segundo golo azul-e-branco apareceria perto do intervalo (41'), numa infelicidade de César, que desviou para a própria baliza um livre de Otávio. Durante o segundo tempo a partida teimou em não sair de uma modorra que a tornou enfadonha para quem assistia. Por volta do minuto 70 houve algum rebuliço, à conta de lances prometedores em ambas as áreas, mas não passou disso. Seria necessário um golo do Santa Clara para que o jogo ganhasse outra dimensão, mas face à sua pouca presença na área oposta dificilmente isso aconteceria de uma forma que não fortuita. O que não se viria a verificar, pois ao minuto 56 o juiz entendeu não sancionar um lance em que Uribe corta de cabeça, ao mesmo tempo que o seu braço aberto atinge Fábio Cardoso, que também se tinha elevado na disputa pela bola. O central dos açorianos ficou a sangrar, mas o árbitro Luís Godinho manteve a decisão após rever as imagens. Mantida a decisão, consequentemente manteve-se também o jogo no seu ritmo pachorrento, não trazendo até final outros momentos que valha a pena assinalar. É bem verdade o que diz o povo: a necessidade aguça o engenho. Não havendo necessidade para mais, o engenho ficou para outras luas.
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