Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
21 dias depois, o FC Porto retomou o caminho do campeonato no mesmo ponto em que tinha parado, com uma vitória tão segura quanto tranquila, outra vez sem sofrer golos. Competentes, os dragões souberam mais uma vez interpretar da melhor forma o esquema-base de tantos jogos na I Liga, gozando do grosso da posse de bola frente a um adversário recuado no terreno, na expectativa do contra-ataque. Através do seu colectivo, o FC Porto impôs um cerco ao Arouca durante praticamente toda a primeira parte, mas faltava um toque de individualidade que fizesse quebrar a resistência contrária. Corona foi talvez o único a tentar assumir a responsabilidade (7’), numa arrancada pela direita em que fintou dois adversários antes de irromper pela área, paralelo à linha de fundo, e desferir um forte remate ao poste. Óliver (10’) e Diogo Jota (34’) tiveram o golo nos pés, mas o guarda-redes Bracali e o central Jubal, respectivamente, este último em cima da linha, negaram as investidas. A corrente do Arouca só quebraria ao minuto 43, quando André Silva foi servido de bandeja por Otávio, após centro largo de Layún, para uma finalização simples.
Pouco depois do reatamento o Arouca começou a atrever-se em terrenos mais avançados, ainda que não abandonasse a estratégia de contra-ataque. O resultado mantinha-se apertado, e pese embora Nuno Espírito Santo tenha feito uma substituição de sinal defensivo – Corona, com queixas físicas, por Rúben Neves –, ao mesmo tempo que trocou também Óliver Torres por Brahimi (65’), seria depois disso que o FC Porto duplicaria a vantagem, novamente por André Silva (79’), de cabeça, agora solicitado por Diogo Jota.
O terceiro golo apareceu no tempo de compensação, num lance a solo de Brahimi, que pegou na bola ainda longe da área, descaído na esquerda, e avançou decidido, passando pelos poucos que se atreveram a colocar-se no caminho, antes de se enquadrar com a baliza e rematar a contar. Quando corre bem, é como se fosse magia; não correndo, é de fazer arrancar cabelos. E são momentos como este que fazem com que o argelino não consiga aprender a dosear o seu individualismo.
O Arouca acabou então por só se mostrar na partida durante aqueles escassos minutos por volta da hora de jogo, o que não será surpreendente, dadas as dificuldades por que a equipa tem passado nesta temporada – em claro contraste com os feitos do ano transacto, no qual aqui venceu. Esse aperto classificativo, que se aplica também ao Nacional que o FC Porto encontrou na jornada anterior, e até mesmo ao Boavista da 6.ª jornada – se bem que esse jogo tenha contornos especiais –, coloca em perspectiva a série de três vitórias que o FC Porto agora completa. Todas legítimas, qualquer delas uma boa resposta ao feio empate em Tondela na jornada 5, mas que conjugadas com alguns dos jogos europeus e com a ida a Alvalade, continuam a deixar a questão essencial sem resposta: até onde pode ir o FC Porto 2016/17?
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.