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CORTE LIMPO

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Sábado, 29.10.16

Liga NOS, 9.ª jornada – Vitória FC 0-0 FC Porto – Pressão

Ainda era final de tarde de sábado, mas o FC Porto era já o último dos três grandes a entrar em acção na jornada, sabedor, portanto, das linhas com que se cosia, as quais incluíam uma perda de pontos de um dos rivais. Se noutros tempos isso era sentido pela entourage portista como uma motivação extra, nos dias que correm esse desperdício alheio mais não faz que tornar insuportável a pressão. E o FC Porto voltou a ceder. O empate é penalizador para os azuis-e-brancos por múltiplas razões. Desde logo porque o FC Porto deitou janela fora a possibilidade de saltar para o comando da I Liga na próxima ronda, caso vença na recepção ao Benfica; mas também porque cede pontos no Bonfim pela primeira vez em 19 anos – aqui não perde há quase 34 – e porque não foi capaz de matar o jogo enquanto pôde, e diga-se que teve quase uma hora para o fazer.

Dominador no primeiro tempo, o FC Porto teve a sua melhor oportunidade ao minuto 25, num contra-ataque de dois para dois. Diogo Jota levou a bola pela direita e deu para Óliver, que o acompanhara pelo centro do terreno, mas o espanhol, mesmo estando sozinho junto à marca do penálti, preferiu dominar em vez de rematar de primeira. A fracção de segundos que perdeu foi decisiva. Óliver acabou por nem sequer finalizar da melhor maneira, mas o mal já estava feito e a saída de Bruno Varela neutralizou o perigo. André Silva e Diogo Jota foram várias vezes solicitados, mas não atinaram com a baliza, nem de cabeça, nem com os pés. A iniciativa portista justificava um golo, mas o intervalo chegava com o marcador a zero.

O jogo mudou de figura cerca dos 55 minutos, após um lance em que Diogo Jota cabeceou na pequena área para uma defesa milagrosa de Bruno Varela. O Vitória acordou, tornando-se eficaz no bloqueio às movimentações do FC Porto. Nuno Espírito Santo começou a mexer na equipa tirando o hoje inconsequente Herrera para meter Corona, mas terá errado na restante leitura que fez do jogo. O aumento de intensidade dos sadinos pedia a entrada de alguém que desse músculo ao ataque, mas o ponta-de-lança Depoitre acabaria por ficar no banco a ver Brahimi e Rúben Neves irem a jogo. Meter gente nas alas foi uma opção que funcionou em Bruges, mas alguém se esqueceu de informar o técnico de que os jogos não são todos iguais, pelo que aqui o resultado das mexidas foi nulo.

O rastilho da bomba chegou a estar aceso ao minuto 75, quando Fábio Pacheco desviou de cabeça um livre lateral para o fundo da baliza de Casillas, mas o lance foi bem invalidado por fora-de-jogo – o único assinalado em todo o encontro. O FC Porto escapou de boa, mas não o juiz João Pinheiro, que teve duas decisões particularmente duvidosas, primeiro num corte viril de Fábio Pacheco sobre Diogo Jota, depois num lance em que Otávio é penalizado com um cartão por simulação quando parece ter havido falta. Vários jogadores do FC Porto ficaram a reclamar com o árbitro após o apito final, enquanto Nuno se encaminhava sozinho para o balneário. No entanto, claro está, nenhuma reclamação desse tipo justifica o que quer que seja quando a equipa não converte as oportunidades de que dispõe.

Sem presença na área, e sem encontrar meios de marcar o golo que merecia, até porque o Vitória terminou a primeira parte sem remates à baliza e os 90 minutos sem oportunidades – em fora-de-jogo não conta –, o saldo final foi um nulo. O líder escapou um pouco mais. E o FC Porto, mesmo ainda segundo classificado, volta a ter que considerar demasiadas variáveis.

Autoria e outros dados (tags, etc)

por Miran Pavlin às 22:35


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