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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
Para um clube da dimensão do Rio Ave, o sucesso tem um preço. Apurado pela segunda vez para a Liga Europa, o clube de Vila do Conde voltou a ter que acelerar a construção do plantel e os trabalhos de pré-temporada, já que o primeiro jogo oficial estava marcado para 28 de Julho. Só faltou a acumulação de jogos, que os clubes desejam, mas depois usam como desculpa quando faltam resultados positivos. O Rio Ave foi então eliminado pelo Slavia Praga nos golos fora, logo nessa 3.ª pré-eliminatória, ao cabo de dois empates. Não conseguindo prolongar a presença internacional da mesma forma que em 2014/15, o Rio Ave apontou então baterias a novo apuramento europeu, mas os altos e baixos que foi vivendo acabaram por ser um obstáculo. Por muito respeitável que o sétimo lugar final seja, ficou a faltar um pontinho apenas para o acesso à UEFA.
Uma coisa não mudou em relação à temporada transacta: o Rio Ave voltou a praticar bom futebol. Principalmente quando Luís Castro tomou conta da equipa após a 10.ª jornada. Até aí, não é que o Rio Ave estivesse a fazer um mau percurso, mas depois da vitória sobre o Sporting (3-1, 5.ª jornada) a equipa bloqueou, perdendo com Paços de Ferreira (2-1), Estoril (1-2), Guimarães (0-3) e Boavista (1-2), com um empate em Moreira de Cónegos (1-1 fora) pelo meio. Dito de outra forma, eram três derrotas consecutivas em casa, e a paciência dos dirigentes vila-condenses esgotou-se. A mudança de treinador teve resultados imediatos, com o Rio Ave a vencer quatro encontros de enfiada – Setúbal (0-1), Tondela (3-1), Arouca (0-2) e Nacional (2-1) –, antes de novo período menos bom, no qual venceu apenas um jogo em nove – 1-0 frente ao Braga na jornada 19. A má fase atirou o Rio Ave para o 10.º posto.
Uma ligeira recuperação, pontuada por seis vitórias e dois empates nos últimos onze jogos, recolocou o Rio Ave na rota da Europa, mas os pontos até aí desperdiçados, aliados à resistência do Marítimo, não permitiram à equipa dos Arcos chegar mais acima. O Rio Ave ocupou em definitivo o sétimo lugar a partir da ronda 25.
Depois de três meias-finais consecutivas na Taça de Portugal, desta vez o Rio Ave caiu à primeira tentativa, eliminado nas grandes penalidades (4-2) pelo Santa Clara, após um empate a um golo nos 120 minutos. Na fase de grupos da Taça da Liga foram os critérios de desempate a virar as costas à equipa de Luís Castro. Por ter melhor diferença de golos, foi o Braga a seguir para as meias-finais da prova. Indigesto para o Rio Ave, que até venceu em Braga (1-2) na segunda jornada.
TREINADOR INICIAL
Nuno Capucho estreou-se como treinador principal na I Liga, resistindo dez jornadas e adicionando ao seu currículo um triunfo sobre o Sporting. A ressaca foi forte, traduzindo-se em cinco jornadas sem vencer, que lhe custaram o lugar.
PONTO ALTO
A vitória sobre o Sporting (3-1), na quinta jornada, parecia encaminhar o Rio Ave para mais uma época de grande nível, mas seria, como se leu acima, uma espécie de mini canto do cisne.
CONTABILIDADE
Liga NOS: 7.º lugar, 14v-7e-13d, 41gm-39gs, 49 pontos;
Taça de Portugal: afastado na 3.ª eliminatória pelo Santa Clara;
Taça da Liga: afastou o Chaves na 2.ª eliminatória (1-1, 3-1 gp); segundo classificado no grupo C (6 pontos), atrás do Braga, e à frente de Marítimo e Covilhã;
Liga Europa: afastado na 3.ª pré-eliminatória pelo Slavia Praga (0-0f, 1-1c).
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