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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
Os guerreiros do Minho terminaram a Liga na quarta posição pela nona vez nos últimos quinze anos, que correspondem à era António Salvador. É fácil pensar-se que foi uma época de serviços mínimos, mas a verdade é que o Sporting de Braga não só se voltou a imiscuir na corrida pelo título, como também beneficiou, em certos momentos, de uma cobertura mediática mais próxima daquela que é conferida aos três crónicos candidatos. Os bracarenses foram a equipa que se manteve invicta mais tempo (só à 10.ª jornada perderam pela primeira vez), lideraram (jornadas 3 e 6) ou repartiram o comando, e só na 14.ª jornada deixaram de ter acesso directo para a liderança, ao ficar seis pontos abaixo por via de um adverso 6-2 na Luz. O resultado deu nas vistas e a reacção foi veemente, com 19 pontos conquistados em 21 possíveis - vitórias sobre Marítimo (2-0), Boavista (1-0), Nacional (0-3), Santa Clara (1-0), Aves (0-2) e Chaves (2-1) e um empate com o Portimonense (1-1 f). O Braga chegava assim à 21.ª jornada apenas dois pontos atrás do então líder FC Porto, mas não aguentou a pedalada, perdendo de imediato em Alvalade (3-0) e também com o Belenenses, este na Pedreira (0-2).
Falando em Pedreira, os azuis foram uma de apenas três equipas a sair do reduto arsenalista com os três pontos (FC Porto e Benfica foram as outras); e só o Rio Ave aí logrou empatar. Uma performance que não encontrou paralelo nos jogos fora. Terá estado aí a razão de o Braga se ter desvanecido mais cedo do que decerto gostaria. Três dias depois desse desaire em casa, o FC Porto colocou pé e meio no Jamor ao vencer a primeira mão da meia-final por 3-0; uma vez que a desvantagem não seria revertida no jogo de retorno, gorava-se o objectivo Taça, na mesma fase em que tinha ocorrido a saída da Taça da Liga. A própria presença do Braga nessas meias-finais apenas sublinhou a ideia de que o clube subiu um nível em relação aos demais ao fim de década e meia.
O Braga terminaria então com mais um quarto lugar seguro, mas mais longe do topo. E, consequentemente, mais perto de quem vem atrás. Apesar de um final pontuado por derrotas consecutivas com Benfica (1-4), Marítimo (1-0) e Boavista (4-2), dificilmente se poderia pedir mais a uma equipa que na temporada transacta tinha conseguido números ao nível dos ditos grandes. Números esses que seriam suficientes para vencer uma das edições com 18 clubes e três pontos por vitória; e igualar outro dos campeões.
A retrospectiva do 2018/19 bracarense termina como ele começou: com o Braga a despedir-se da Liga Europa logo à terceira pré-eliminatória, nos golos fora, frente aos ucranianos do Zorya Lugansk. A situação trouxe à memória a época 2009/10, na qual os guerreiros caíram na mesma fase, então com o Elfsborg, avançando depois até ao único segundo lugar da sua história. Não ter Europa para disputar é uma faca de dois gumes; há menos motivação, mas também menos desgaste. Desta vez o Braga não aproveitou como há nove anos. Tendo já feito melhor que este ano, mas nunca o suficiente, mantém-se a pergunta: haverá um dia Braga campeão?
TREINADOR
Abel Ferreira - Professor Abel Ferreira, perdão - realizou a sua segunda temporada completa consecutiva como treinador do Braga. Desde Domingos Paciência (2009/10 e 2010/11) que ninguém o conseguia.
FIGURA
Dyego Sousa foi o melhor marcador da equipa no campeonato, com 15 golos. Tendo garantido a cidadania portuguesa, o avançado estreou-se mesmo na Selecção, durante as jornadas de Março de qualificação para o Euro 2020.
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