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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
Com as aspirações de revalidação do título há muito comprometidas, o clássico de Alvalade era crucial para o FC Porto se manter na discussão pelo acesso directo à Liga dos Campeões da próxima temporada.
Quem acabou por dar aquele que é, perante as circunstâncias, talvez o passo mais importante de toda a época foi o Sporting, cuja vitória o deixa cinco pontos à frente dos portistas.
Durante o primeiro parcial a recuperação defensiva do FC Porto funcionou bem, não para anular investidas do Sporting, mas sim os próprios erros na saída para o ataque – foram inúmeros, demasiados mesmo, os passes despropositados, directamente para o adversário, no momento da transição ofensiva. Face a tamanho desacerto era claro que isso não duraria o jogo todo. Até porque o Sporting pareceu trazer bem estudada a mesma receita que o Benfica empregou na recepção aos dragões: pressão incessante sobre quem tivesse a bola.
Mesmo com espaços reduzidos e com pouca capacidade de levar a bola ao ataque, as melhores oportunidades do primeiro tempo foram do FC Porto, em remates de Varela, a que Rui Patrício se opôs com uma excelente defesa, e de Quaresma, que acertou na trave; perto do intervalo houve ainda um cabeceamento de Jackson Martínez, que não teve o melhor seguimento porque o colombiano foi carregado em falta.
O status quo do jogo manteve-se na segunda parte, mas o acerto defensivo dos dragões não foi o mesmo aos 52 minutos, quando uma descompensação resultou no golo de Slimani – por que raio terá Abdoulaye abandonado o homem para ocupar a zona? O lance foi ferido de legalidade, por fora-de-jogo no momento da desmarcação de André Martins – o lance ocorreu do lado onde estava o árbitro assistente.
Pouco depois o infortúnio voltou a bater à porta dos dragões, com Helton a romper, sozinho, o tendão de Aquiles ao fazer a cobertura a uma bola se encaminhava para pontapé de baliza. O guardião portista saiu em maca, debaixo de aplausos dos adeptos leoninos.
Os jogadores do Sporting foram inexcedíveis até final na pressão que fizeram sobre os adversários, mas ainda haveria mais uma oportunidade clara para o FC Porto, quando Dier foi providencial ao fazer um corte in extremis quando Jackson se preparava para aproveitar uma atrapalhação de Patrício que o deixou cara-a-cara com o golo.
As dificuldades no campeonato continuam a avolumar-se após mais um jogo pouco conseguido. Caso não reverta a situação, o FC Porto pode ver a época competitiva 2014/15 começar logo em Julho, ainda para mais em ano de Mundial, que é o mesmo que dizer com jogadores possivelmente ainda de férias.
Cenários para já hipotéticos. No imediato segue-se a viagem a Nápoles.
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