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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
O Sporting viveu em 2018/19 mais um ano zero. Quanto mais não seja porque depois dos terríveis acontecimentos do final de 2017/18 toda a nação leonina ficou sem saber bem o que esperar desta temporada. Durante o defeso Bruno de Carvalho foi deposto e posteriormente excluído de sócio, Sousa Cintra assumiu a presidência de forma interina e planificou a temporada, apresentando José Peseiro como novo treinador, diversos jogadores rescindiram contrato unilateralmente, e como se isso não bastasse, ainda houve campanha eleitoral. Só a 9 de Setembro, data da eleição de Frederico Varandas como novo presidente, o Sporting retomou alguma normalidade. Paradoxalmente, os problemas exclusivos da nova época começaram a partir daí. Os primeiros três jogos após a eleição trouxeram duas derrotas, em Braga (1-0) e Portimão (4-2), as quais deixaram os leões no quinto posto, já a quatro pontos da liderança; íamos na jornada 7. José Peseiro resistiu apenas mais dois jogos, saindo do comando técnico após uma derrota caseira com o Estoril (1-2), da II Liga, em jogo a contar para a Taça da Liga. Varandas ainda não completara dois meses como presidente e já tinha no currículo um treinador despedido.
A escolha do novo treinador foi ponderada, recaindo em Marcel Keizer, um nome desconhecido do futebol português. O holandês entrou em grande, conduzindo a equipa a vitórias sobre o Lusitano de Vildemoinhos (1-4, Taça de Portugal), Rio Ave (1-3), Aves (4-1), Nacional (5-2) e Rio Ave (5-2, Taça de Portugal); todas com muitos golos, tanto marcados como sofridos.
Como normalmente acontece nestas situações, é fácil esquecer os golos sofridos e pensar que os marcados vão continuar a aparecer. Assim seria. Dos sete encontros de campeonato entre as rondas 14 e 20 o Sporting venceria apenas dois, chegando a essa jornada, disputada em inícios de Fevereiro, a onze pontos do topo da classificação. Por essa altura, diga-se, já o Sporting tinha virado as suas atenções para as restantes provas.
Aliás, uma delas já tinha ido para o museu de Alvalade. Ao bater o FC Porto na final de Braga, o Sporting revalidou o título da Taça da Liga. Os contornos da vitória foram muito semelhantes aos da época passada, com os leões a resolverem os encontros da final-a-quatro só nas grandes penalidades. Na final, foi por um triz que o Sporting perdeu a taça para o FC Porto, mas uma grande penalidade em cima dos descontos levou tudo para o desempate. Aí, o nervosismo portista fez o resto; os homens do FC Porto falharam três grandes penalidades das quatro tentadas.
Na Taça de Portugal o Sporting também teve o gostinho de eliminar um dos outros grandes, no caso o Benfica. Depois de perder por 2-1 na Luz, os verdes-e-brancos bateram as águias por 1-0 na segunda mão, carimbando assim o bilhete para o Jamor, onde o FC Porto os esperava para uma desforra. Desta vez foram os da Invicta a evitar a derrota antes do desempate, mas o desfecho seria o mesmo: o Sporting não vacilou nas grandes penalidades e conquistou também a prova rainha.
A época chegaria ao fim quando o Sporting parecia ter encontrado o seu ritmo. As nove vitórias consecutivas entre as jornadas 24 e 32 assim o atestam. Analisando do ponto de vista do copo meio vazio, esses triunfos surgiram numa altura em que a pressão já era pouca ou nenhuma. Não é a primeira vez que a percepção é esta quando o Sporting se aproxima do final da temporada.
TREINADORES
José Peseiro é frequentemente visto como pé-frio, mas diga-se em sua defesa que raramente apanha num bom momento os clubes que orienta. A sua segunda passagem pelo comando do Sporting durou até ao final de Outubro.
Tiago Fernandes conduziu a equipa como técnico interino nas jornadas 9 e 10 do campeonato.
Marcel Keizer chegou, viu, venceu o primeiro punhado de jogos e logo focou a equipa nas provas a eliminar.
FIGURA
Bruno Fernandes, por todos os motivos e mais um. Só no campeonato apontou 20 golos, a somar a muitas assistências. Numa frase, foi o motor da equipa do Sporting. Bruno Fernandes marcou ainda golos em todas as eliminatórias da Taça de Portugal excepto na final, aos quais se juntam mais três na Taça da Liga e outros tantos na Liga Europa. Nada mau para um médio.
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