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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
Bastou levar a jogo três habituais titulares para a música ser diferente da que normalmente se escuta quando o jogo vale para a Taça da Liga. Talvez não querendo ficar intranquilo no sofá à espera dos resultados de terceiros – para isso já basta o campeonato – o FC Porto resolveu desde já a questão do apuramento para as meias-finais.
Não terá sido só por estarem titulares em campo. Todos os que jogaram contribuíram para uma exibição bem airosa, de pendor ofensivo, com muitas jogadas colectivas e rápidas recuperações de bola, mas acima de tudo com grande afinação.
O FC Porto reduziu a Académica a escassos dois lances com princípio, meio e fim, um em cada parte. O segundo desses lances deu mesmo golo, por Mbala (72’), à ponta-de-lança. Foi o despertador que o jogo precisava, e que impeliu os dragões para uma ponta final frenética, em que não deu descanso aos estudantes.
Antes já se assistira a um solo de Jackson Martínez, que assim se estreou a marcar nesta edição da prova. Aos seis minutos aproveitou uma perda de bola infantil de Aníbal Capela para inaugurar o marcador, e aos 59 dobrou a vantagem portista num excelente golpe de calcanhar. Cumprida a missão, o colombiano deu o lugar a Gonçalo Paciência, que demorou um quarto de hora a fazer história.
Numa jogada individual que incluiu uma magnífica finta de corpo, o jovem concluiu-a com um remate colocado, de pé esquerdo, no milésimo de segundo antes de o defesa academista chegar ao corte. O seu primeiro golo pela equipa sénior. Gonçalo festejou-o de dedo em riste, tal como o pai fez dezenas de vezes em tempos idos. Haverá mais no futuro?
Talvez tenha sido a beleza dos golos a ofuscar a parte menos interessante do jogo, que ainda durou um bom par de minutos, com o FC Porto a limitar-se a controlar as operações contra uma Académica sem último terço. Evandro ainda faria o quarto golo portista (80’), de grande penalidade. O médio está a revelar-se um especialista da marca dos onze metros.
Pena que seja só a Taça da Liga. É imperioso que os jogadores mais utilizados consigam exibições como a desta noite nos jogos de campeonato. Porque nunca se sabe quando os adversários directos poderão dar passos em falso.
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