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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
Apesar da minha indisponibilidade para escrever as habituais crónicas aqui no Corte Limpo, não poderia deixar de aproveitar uns minutos de tempo livre para fazer um ponto da situação. Apesar do título de campeão ter ficado entregue no passado fim de semana, o Sporting tem dado uma boa imagem de si nas últimas jornadas, indo já na 6ª vitória consecutiva. É certo que já jogou um futebol mais bonito no decorrer da época, contudo a atitude dos adversários mudou (é bastante mais defensiva) o que obriga o Sporting a jogar de uma forma bastante mais pragmática. E apesar do primeiro lugar estar, desde há 6 jornadas, demasiado longe, a equipa não perdeu a concentração e manteve-se focado naquilo que verdadeiramente interessa: a vitória, jogo a jogo. Há umas semanas fiz um pequeno balanço relativamente ao plantel do Sporting e creio que não há grandes razões para o mudar até agora, já que esta equipa continua a ser igual a si própria. Muitos jogadores pensam já nas férias ou no mundial, por isso será também natural que o ritmo vá baixando. Nestes 3 jogos sem crónica, destaque para o grande golo de Adrien em Paços de Ferreira, o golo à Jardel de Slimani contra o Gil Vicente e o primeiro (e emocionado) golo de Héldon pelo Sporting, também ao Gil Vicente.
Numa altura em que as festas não estão a possibilitar uma actualização mais regular do Corte Limpo, cabe-me a mim abrir o novo ano com um post sobre o último jogo do ano velho. Defrontando-se para a competição oficial mais irrelevante do calendário nacional, o Sporting e o Porto proporcionaram um espectáculo muito superior ao que esperava, tendo só faltado... os golos. Com alguns (poucos) titulares de fora - o guarda-redes, o ponta de lança e um outro jogador de campo em ambas as equipas - o jogo foi bem disputado, com muita intensidade de parte a parte, e sobretudo com uma exibição agradável por parte do Sporting. Cédric esteve intratável, Adrien idém, William como sempre e Slimani a mostrar que é uma verdadeira mais valia. Carrillo, capaz do melhor ou do pior (nunca se sabe), entrou muito bem e esteve perto de resolver o jogo para o lado do Sporting. Não me apetece dizer muito mais do jogo porque, mais uma vez, esta competição não me merece grande consideração. Este empate serve mais os interesses do Porto do que do Sporting, que na melhor das hipóteses vão discutir o acesso às meias finais através da diferença de golos. Uma eliminação precoce desta competição deixar-me-à triste apenas por reduzir o tempo de competição de Marcelo Boeck e Slimani, dois bons jogadores tapados por outros dois bons jogadores.
No que diz respeito ao Sporting, 2013 foi um misto de pesadelo e esperança, que apesar de nos trazer más recordações hoje, espero que seja lembrado como um ano histórico daqui a muitos anos. Este mês de Janeiro será a meio gás e por isso, espero que a equipa não disperse a concentração para conseguir manter o ritmo dos últimos jogos.
A grande diferença entre o Sporting e os seus rivais, é que não jogando muito bem, o Sporting não consegue ganhar. Já tinha acontecido o mesmo contra o Rio Ave e voltou a acontecer contra o Nacional. Contudo, é importante dizer que o Sporting fez o suficiente para ganhar o jogo (incluindo um golo anulado) e que o Nacional foi uma equipa muito organizada. Apesar de ter sido viril ao ponto de roçar a violência, houve algo que me impressionou, em especial na segunda parte: quando cortava uma jogada na defesa conseguia sair sempre a jogar e iniciar um ataque - o Sporting raramente ganhou uma segunda bola, para empurrar o Nacional às cordas. Foi um jogo disputado, de parada e resposta, em que o tempo passou e o golo não surgiu. A saída de André Martins (depois de uma entrada violenta) para a entrada de Slimani de certa forma desequilibrou a equipa (embora tenha dado outras soluções na frente, já que Montero passou a primeira parte emparedado entre os centrais), com consequências ao nível do domínio do meio campo. As entradas de Wilson Eduardo e Mané acabaram por não acrescentar nada à equipa, o que é estranho... já que poucos foram os cruzamentos na segunda parte, quando finalmente estava alguém na área para os receber. Aliás, Wilson Eduardo teve duas situações em que visou a baliza, quando podia muito bem servir os avançados...
O destaque deste jogo vai para William Carvalho e Adrien, que foram ao mesmo tempo os motores do ataque e quem segurou as pontas a defender na segunda parte. Todos os outros não se exibindo mal, não chegaram ao nível destes dois. Uma nota para Carrillo, que fez uma primeira parte muito agradável, mas eclipsou-se completamente na segunda parte.
O Sporting desperdiçou a oportunidade de assistir confortável ao Benfica-Porto, numa jornada em que se irá deslocar ao Estoril. Há que continuar a trabalhar e disfarçar as óbvias limitações deste plantel com atitude e vontade. Contudo, antes de o campeonato continuar (daqui a 3 semanas!) há um jogo com o Porto para a Taça da Liga. Confesso que tenho uma grande animosidade por esta competição e por mim, jogava a Equipa B, orientada pelo Abel, nas 3 jornadas da competição. É absolutamente ridículo existirem paragens de 3 semanas no campeonato, para se disputar uma competição menor que ninguém leva a sério antes da final, quando se podia facilmente voltar a ter um campeonato com 18 equipas. Mais uma daquelas situações que ninguém percebe muito bem no futebol Português...
Este jogo acabou por ser um dos menos interessantes desta época, sem ter sido uma má exibição do Sporting. Infelizmente o Belenenses veio formatado para o 0-0, com um 4-5-1 muito possante e pressionante, que nem por estar a perder mudou de figurino. Deste modo, as oportunidades de golo escassearam de parte a parte, mas felizmente sem grande prejuízo para o Sporting. Era escusado esta atitude excessivamente defensiva do Belenenses (o guarda-redes começou a perder tempo logo nos primeiros minutos) assim como era escusado o equívoco do arbitro auxiliar no penalty que deu origem ao primeiro golo do Sporting (a haver falta é ainda fora da área). É certo que a seguir ficou por assinalar um penalty (desta vez existente!) sobre o Montero, mas de qualquer forma, a vitória é incontestável já que o Belenenses praticamente não existiu em termos ofensivos durante todo o jogo. Mais um bom jogo de André Martins, a mostrar a sua importância contra equipas que jogam muito recuadas, e do resto dos elementos do meio campo (Adrien & William) que disputaram dezenas de bolas no meio campo, muitas vezes em inferioridade numérica. É certo que Montero não marcou (dispôs apenas de uma oportunidade, de resto andou sempre entalado no meio dos centrais), mas felizmente e mais uma vez, o Sporting mostrou que dispõe de alternativas ao colombiano, com a curiosidade de hoje os 3 golos terem sido marcados por 3 jogadores made in Alcochete.
Destaque para as exibições de André Martins (um golo e uma assistência), Adrien & William (muita luta), Carrilo (mais consistente, assiste no segundo golo) e Wilson (entrou a tempo de marcar)
Confesso que continuo a entender o posicionamento de Capel na direita e Carrillo na esquerda. Desta forma, os ataques pelas faixas laterais raramente são concluídos pelos dois extremos e ficam dependentes da subida dos laterais. Este entrave teve, a meu ver, também influência no baixo número de oportunidades criadas a Montero. Mas Jardim la sabe.... e pelos vistos sabe bem.
Segue-se o Nacional, uma equipa tradicionalmente difícil e bem orientada. Será necessário manter os mesmos níveis de concentração e a mesma atitude, que felizmente a equipa tem vindo a manter apesar de entre os adeptos começar a haver uma ligeira euforia disfarçada... hoje foram 37000 nas bancadas, e daqui a uma semana serão certamente tantos ou mais. Um prémio merecido para a qualidade que a equipa tem demonstrado.
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