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CORTE LIMPO

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Quarta-feira, 11.12.13

Liga dos Campeões - Atlético Madrid 2-0 FC Porto - Infelicidade dos postes não disfarça

Dirão alguns portistas que o FC Porto foi infeliz em Madrid. Três bolas aos ferros e uma grande penalidade desperdiçada assim o indicarão. No entanto, a verdade é que pouco mais há a dizer em abono do FC Porto, que pareceu uma equipa derrotada à partida, jogando sem crença e sem capacidade para importunar um Atlético que já tinha a sua continuidade assegurada.

Também é verdade que o Zenit voltou a querer ajudar os dragões, ao sair de Viena copiosamente derrotado por 4-1, mas o lugar na fase seguinte seria mesmo seu. A dimensão do fracasso portista na Champions 2013/14 fica espelhada neste aspecto: desde que as vitórias valem três pontos, o Zenit tornou-se na primeira equipa a passar com apenas seis.

Importa também referir que desde o título de há dez anos, é a terceira vez que o FC Porto não passa da fase grupos, o seu ponto de honra em qualquer participação na prova. E esta época ficou bem visível que falta aos portistas a dimensão Champions que outros plantéis tiveram. Se alguns dos jogos anteriores não foram suficientes para o demonstrar, a sombria exibição na capital espanhola tornou inequívoco que este FC Porto não mereceria passar.

Até porque enquanto o Zenit desperdiçou cinco pontos nos últimos dois jogos, o FC Porto apenas somou um.

A questão que fica pendente de resposta até Fevereiro é se a queda para a Liga Europa é um mal que vem por bem, ou um caso de saltar da fritadeira para o lume, como reza o provérbio inglês do qual já não me recordo do correspondente em português. Se passasse, este FC Porto inseguro arriscava-se a sofrer uma derrota robusta; não tendo passado, quanto durará agora a presença na Liga Europa?

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por Miran Pavlin às 23:13

Sexta-feira, 04.10.13

Liga dos Campeões - FC Porto 1-2 Atlético Madrid - Exame respondido à metade

Se este jogo se tratasse de um exame escolar, dir-se-ia que o FC Porto teve um 9, com o professor a dizer que ainda tentou esticar a pontuação aqui e ali para chegar à positiva, mas que não foi mesmo possível.

As primeiras questões do exame foram respondidas com grande sucesso, com o FC Porto a ter a melhor entrada da época até agora. Com bola, intenção, ideias e capacidade de obrigar o Atlético a recuar e defender-se. Varela parecia outro, a fintar e romper pelo meio-campo adversário, houve entendimento entre os jogadores, e as jogadas na área do adversário sucediam-se.

O primeiro quarto-de-hora foi então um regalo, mas apesar do domínio portista seria um lance de bola parada a furar a defensiva madrilena. Sempre à frente do central, Jackson, à Falcao, apareceu na zona fatal a desviar o livre de Josué.

Estava feito o mais difícil, pensou-se. No entanto, mesmo com os dragões ainda no comando das operações, o Atlético resguardava-se bem. Mas apenas isso. A recuperação defensiva portista era eficaz, e deixava David Villa isolado dos seus colegas, e sem bola.

A primeira parte decorreu nesta toada, excepção feita a um lance aos 41 minutos, quando Raul García enviou a bola à trave, num desvio de cabeça a um pontapé de canto. Eram os primeiros calafrios no Dragão, que não impediriam uma ovação à equipa na saída para o descanso.

Os mais atentos talvez não arriscassem ovacionar. Notou-se, ainda que levemente, um decréscimo de intensidade do FC Porto nos minutos que antecederam o intervalo, com confirmação no arranque da segunda metade. Face à menor veemência do FC Porto, e com a troca do supérfluo Villa por Cristián Rodríguez, os colchoneros subiram as linhas, aumentaram a pressão sobre a defesa da casa.

Crescia a sensação de que o FC Porto não iria conseguir aguentar o resultado, e foi o central Godín a confirmá-lo, num lance em que Helton foi às compras e regressou com a sacola vazia – já é sina o guarda-redes comprometer em noites europeias.

A reacção azul-e-branca ao empate foi ténue, e apenas conheceria novo fôlego com a entrada de Quintero, para de imediato bater um livre directo. O remate foi violento, mas saiu ao lado. A entrada do colombiano não surtiu o efeito desejado – talvez tivesse sido mais acertado tirar Defour em vez de Lucho – Paulo Fonseca voltou a não arriscar a introdução de Ghilas no jogo, e o nervosismo portista resultou em mais uma falta perto da área, já na recta final do encontro.

Na conversão, em jogada de laboratório, Arda Turan apontou o golo decisivo, num remate para a malha superior. Ainda a bola não tinha regressado ao chão e já centenas de adeptos, em acto reflexo, começavam a abandonar o estádio, em claro contraste com os aplausos ao intervalo.

Só aí entrou Ghilas, por troca com Mangala. Já era tarde. Já o FC Porto tinha desligado do jogo há muito, e quando uma equipa desliga, dificilmente volta a pôr os motores a funcionar. Desta vez não havia gestão de esforço que justificasse o abaixamento de intensidade – o jogo importante era este mesmo, o tal exame que era preciso passar com sucesso. Com a segunda página do enunciado mal estudada, resta ao FC Porto lamber as feridas da derrota e perceber como fazer a equipa durar 90 minutos.

O novo teste surgirá com a recepção ao Zenit, a 22 de Outubro, com quem o FC Porto tem contas a ajustar. Como irá a equipa reagir nessa partida, já com a recepção ao motivado Sporting no horizonte?

Tempo não faltará para preparar os dois jogos. A atenção agora centra-se na visita ao estreante Arouca, no primeiro jogo oficial entre os dois emblemas, antes de nova paragem do campeonato para os compromissos das selecções e para a terceira ronda da Taça de Portugal, onde o Trofense visita o Dragão. 

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por Miran Pavlin às 22:07



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