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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
Depois de uma paragem do campeonato, numa altura em que já está tudo decidido, o relaxamento era óbvio e natural. Certo? Digamos que para alguns jogadores sim, para outros nem por isso. É certo que o Nacional é uma das boas equipas do campeonato, mas faltou um pouco mais de ambição para levar os 3 pontos da Madeira. Foram poucas as oportunidades de golo construídas durante a partida (a melhor foi desperdiçada por Slimani na segunda parte), alguns jogadores estiveram claramente desispirados (Carrillo e Magrão) e o correr do jogo também não ajudou: o Sporting sofreu o golo no minuto imediatamente a seguir de ter tirado Slimani. Tem sido aceso o debate na blogosfera leonina acerca do reforço da equipa para a época que aí vem, discussão alimentada pela comunicação social, que obviamente espera muitas entradas e saídas para vender mais jornais. Pessoalmente acho que o Sporting tem internamente a maior parte das soluções que precisa, precisando de poucos (mas valiosos) reforços para a temporada que aí vem. No que diz respeito às saídas, ontem Carrillo mostrou mais uma vez não ter a fiabilidade necessária para ser um jogador profissional de futebol ao mais alto nível. E fico-me por aqui...
Ontem os destaques foram Rui Patrício e Eric Dier. A espaços também gostei de André Martins, muito activo no jogo.
Falta apenas um jogo antes de entrarmos na febre do Mundial. Tenho já um palpite sobre os 23 jogadores que serão convocados pelo seleccionador nacional Jorge Mendes, em breve dedicarei um post a essa temática. Até lá o Benfica jogará 3 finais, o que deixará os media bem entretidos. Uma boa oportunidade para Sporting e Porto arrumarem a casa para os próximos meses.
Se no ano passado o jogo com o Estoril foi o começo da queda abrupta do Benfica para o segundo lugar, nesta época, aconteceu exactamente ao contrário. Com a vitória sobre o Estoril e o empate do Sporting em Setúbal, uma semana antes do Sporting - Porto, o Benfica arruma quase definitivamente a questão do título, tendo a possibilidade de fazer um brilharete nas outras competições dada a boa vantagem pontual que detém neste momento. Sobre o jogo de hoje, há muito e pouco a dizer. Foi um jogo interessante de seguir, com incerteza no marcador e oportunidades de parte a parte, contudo totalmente estragado pelos lances polémicos. Um golo mal anulado ao Sporting e 4 golos duvidosos (sendo que a grande penalidade a favor do Setúbal é, sem margem para dúvida uma simulação, sem precisar de repetição) estragaram o espectáculo e voltam a manchar o campeonato. A nível de futebol jogado, o Sporting apostou em Slimani (aposta ganha), Magrão e Héldon de início, alterando o desenho do meio campo. Em consequência dessa mudança, a equipa demorou algum tempo a encontrar-se e permitiu um maior ascendente do Vitória em vários momentos do jogo. Carrillo fez mais uma exibição apática, e começa a perceber-se que nunca se vai tornar num jogador de eleição. E não pode queixar-se de falta de oportunidades...
Destaque para Adrien (muita luta), Slimani (muito forte na finalização, o pior é mesmo a bola lhe chegar), Capel (a sua entrada foi uma mais-valia), Cédric (muito trabalho).
Segue-se o Porto, num jogo importante para definir o segundo lugar. Em condições normais o Porto será superior, mas espero que esta sequência de acontecimentos anormais dê força à equipa para se transcender e jogar no seu limite. Maurício falhará o jogo por castigo, por isso Dier à partida será titular.
Uma nota final para a titularidade de Slimani: Leonardo Jardim decidiu colocar (e bem) o argelino de início, já que Slimani cumpriu nos últimos jogos. Muitos Sportinguistas acham que Slimani deveria jogar de início com Montero (no tal lugar de 10), mas a todos com quem já tive esta conversa disse que não acredito que isso volte a acontecer. A razão é simples: com o empréstimo de Cissé e Betinho, o Sporting deixou de ter mais pontas de lança no plantel (Enoh é ainda um projecto de jogador para trabalhar na equipa B). Portanto a inclusão de Slimani e Montero de início retira ao treinador a hipótese de ter um plano B caso o jogo não corra de feição. Isso foi notório no jogo com o Benfica, por exemplo. Dessa forma não creio que o treinador volte a arriscar esse cenário.
Este jogo acabou por ser um dos menos interessantes desta época, sem ter sido uma má exibição do Sporting. Infelizmente o Belenenses veio formatado para o 0-0, com um 4-5-1 muito possante e pressionante, que nem por estar a perder mudou de figurino. Deste modo, as oportunidades de golo escassearam de parte a parte, mas felizmente sem grande prejuízo para o Sporting. Era escusado esta atitude excessivamente defensiva do Belenenses (o guarda-redes começou a perder tempo logo nos primeiros minutos) assim como era escusado o equívoco do arbitro auxiliar no penalty que deu origem ao primeiro golo do Sporting (a haver falta é ainda fora da área). É certo que a seguir ficou por assinalar um penalty (desta vez existente!) sobre o Montero, mas de qualquer forma, a vitória é incontestável já que o Belenenses praticamente não existiu em termos ofensivos durante todo o jogo. Mais um bom jogo de André Martins, a mostrar a sua importância contra equipas que jogam muito recuadas, e do resto dos elementos do meio campo (Adrien & William) que disputaram dezenas de bolas no meio campo, muitas vezes em inferioridade numérica. É certo que Montero não marcou (dispôs apenas de uma oportunidade, de resto andou sempre entalado no meio dos centrais), mas felizmente e mais uma vez, o Sporting mostrou que dispõe de alternativas ao colombiano, com a curiosidade de hoje os 3 golos terem sido marcados por 3 jogadores made in Alcochete.
Destaque para as exibições de André Martins (um golo e uma assistência), Adrien & William (muita luta), Carrilo (mais consistente, assiste no segundo golo) e Wilson (entrou a tempo de marcar)
Confesso que continuo a entender o posicionamento de Capel na direita e Carrillo na esquerda. Desta forma, os ataques pelas faixas laterais raramente são concluídos pelos dois extremos e ficam dependentes da subida dos laterais. Este entrave teve, a meu ver, também influência no baixo número de oportunidades criadas a Montero. Mas Jardim la sabe.... e pelos vistos sabe bem.
Segue-se o Nacional, uma equipa tradicionalmente difícil e bem orientada. Será necessário manter os mesmos níveis de concentração e a mesma atitude, que felizmente a equipa tem vindo a manter apesar de entre os adeptos começar a haver uma ligeira euforia disfarçada... hoje foram 37000 nas bancadas, e daqui a uma semana serão certamente tantos ou mais. Um prémio merecido para a qualidade que a equipa tem demonstrado.
Esta semana, a lesão de Jefferson preocupou e preocupa. Afinal o brasileiro tem sido um dos jogadores em destaque neste início de época (basta ler as crónicas anteriores), e nenhum dos possíveis candidatos a substitui-lo me tranquilizava. Apercebi-me depois que o campeonato afinal vai parar 3 semanas... e pelo menos um jogo já passou sem que se desse muito pela sua falta.
O Sporting teve hoje um típico jogo de campeonato, contra uma equipa que joga em primeiro lugar para o 0-0 e depois logo se vê. E as dificuldades foram as esperadas. Durante a primeira parte houve mais transpiração do que inspiração, o meio campo do Sporting não funcionou no que diz ao respeito ao transporte da bola e aconteceu sistematicamente algo que eu abomino: o chutão para a frente. Ao melhor estilo de Anderson Polga (um catedrático do chutão para a frente), os centrais do Sporting mataram várias jogadas de ataque com o dito chutão, dada a ausência de linhas de passe. É óbvio que houve mérito do Vitória (muito pressionante, muito agressivo na disputa de bola, mas curiosamente, sem ser violento), mas felizmente o jogo descomplicou-se num lance inesperado: um jogador do Vitória atrasa defeituosamente uma bola ao guarda-redes, a bola encontra Montero pelo caminho, e o colombiano atirou a contar. Como o mais difícil estava feito, o resto do resultado surgiu naturalmente durante a segunda parte, num período em que o Vitória deu mais espaço para jogar e não conseguiu pressionar com tanta intensidade. No lugar de Jefferson, Piris cumpriu sem grandes sobressaltos, entrando para a estatística do jogo com uma assistência no segundo golo de Montero.
Destaco as exibições de Montero (impressionante registo de golos, sobretudo por ter sido obtido em muito poucas oportunidades de golo... a taxa de aproveitamento é altíssima), Carrillo (no melhor e no pior, felizmente hoje mais melhor do que pior), Cédric (a atravessar um bom momento, com muita confiança) e William Carvalho (importante a fazer... faltas!)
A defesa comprometeu em alguns momentos mas felizmente sem consequências de maior. Nota para o regresso de Gérson Magrão (discreto) e a estreia de Carlos Mané (com pouco tempo para se mostrar). Apesar das dificuldades sentidas para ultrapassar esta equipa do Vitória, exibicionalmente a equipa apresentou-se uns furos acima aquando do jogo contra o Rio Ave, o que me leva a concluir que esta equipa do Sporting não pode jogar abaixo desta bitola. Mérito para o treinador, que tem trabalhado para corrigir os problemas que a equipa apresentou no passado. Segue-se uma longa paragem com jogos da Selecção e Taça de Portugal, antes de uma visita ao Porto. É certo que o Sporting se encontra ainda uns furos abaixo do nível do FCP, mas eu, tal como todos os sportinguistas, estou curioso para ver como a equipa vai responder no ambiente adverso do Dragão.
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