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CORTE LIMPO

Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário


Domingo, 22.12.19

Taça da Liga, fase de grupos - GD Chaves 2-4 FC Porto

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Não assisti ao jogo.

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por Miran Pavlin às 22:30

Sábado, 01.06.19

GD CHAVES 2018/19

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Depois de uma época em que o sexto lugar deixou os valentes transmontanos a sonhar com um regresso à Europa, o Desportivo de Chaves sucumbiu a um síndrome de terceiro ano. Constantemente no fundo da tabela - 26 jornadas na zona de despromoção -, o Chaves foi fazendo das tripas coração para fugir à bandeira negra. A equipa nunca esteve demasiado longe da salvação, mas a direcção entrou em pânico com a série de onze jogos sem ganhar (a terceira maior da época, jornadas 6 a 16) e desatou a brandir o chicote. Essa inconstância no comando técnico talvez não tenha sido benéfica para a causa flaviense. Nota de curiosidade: o Chaves foi orientado por três dos quatro técnicos que estiveram em mais que um clube neste campeonato.

 

TREINADORES

CHA - Daniel Ramos.jpgRecém-chegado do Marítimo, Daniel Ramos iniciou a temporada e manteve-se no comando até à 12.ª jornada, altura em que o Chaves era último e estava preso a uma série de oito derrotas consecutivas, a maior da época (jornadas 7 a 14).

CHA - Tiago Fernandes.jpgTiago Fernandes, que semanas antes tinha orientado o Sporting interinamente, pegava na equipa durante treze jornadas, que renderam 14 pontos.

CHA - José Mota.jpgCom a chegada de José Mota (jornada 26) o Chaves somou 11 dos 21 pontos possíveis até à jornada 32, mas as subsequentes derrotas com Setúbal (1-2) e Tondela (5-2), emblemas tão aflitos quanto o próprio Chaves, significaram a descida à II Liga, que o técnico assumiu.

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por Miran Pavlin às 12:00

Sexta-feira, 18.01.19

Liga NOS, 18.ª jornada - GD Chaves 1-4 FC Porto

CHAFCP.jpg

Não assisti ao jogo.

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por Miran Pavlin às 23:59

Sexta-feira, 14.09.18

Taça da Liga, fase de grupos - FC Porto 1-1 GD Chaves - Vira o disco

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Um mês e três dias mais tarde o Chaves voltava ao local onde foi desmantelado na abertura da Liga. E se para os flavienses o disco virou e a música foi outra, para o FC Porto foi mesmo um caso de vira o disco e toca o mesmo. Trata-se da Taça da Liga, pois claro. Naturalmente que os jogos que aí vêm podem contrariar o seguinte considerando, mas por ora esta prova continua a não combinar com o FC Porto. O Chaves voltou apostado em deixar uma imagem diferente da que ficou do encontro para o campeonato, o que se traduziu num reforço das linhas defensivas e no aproveitamento dos contactos para forçar faltas. Não é nada de novo, mas pelos vistos é impossível quem está lá dentro não se enervar com essa postura. Mais ainda quando o adversário adiciona à equação uma ou outra perda de tempo. Só depois do intervalo o FC Porto se conseguiu libertar dessa teia de artimanhas dos transmontanos. Foi isso, possivelmente, que acabou por colocar Sérgio Conceição fora do banco pouco antes do descanso - pela televisão não foi possível perceber se o técnico fora efectivamente expulso ou se preferiu descer mais cedo ao balneário. No entanto, continuava a não se afigurar fácil chegar ao golo. Decerto não seria pelos nomes em campo, pois a rotatividade habitual na Taça da Liga estava reduzida ao mínimo. Além das presenças de Vaná na baliza e de Adrián López na cabeça do ataque, houve espaço apenas para o regresso de Diogo Leite ao eixo da defesa e para a estreia do brasileiro João Pedro na lateral direita. O FC Porto assumia o jogo mas as oportunidades foram poucas. Marega (22') e Perdigão (56') apareceram isolados em frente à baliza em lances de contra-ataque mas nenhum teve sucesso; o maliano viu António Filipe defender, enquanto o brasileiro ficou sem opções perante a pressão de Alex Telles e ao chegar à área tentou cavar uma grande penalidade. Face às dificuldades, Corona cedeu o lugar a Brahimi (60') e o argelino mexeu com o jogo. Os dragões marcariam numa insistência do também entrado Hernâni (74') e procuraram o segundo golo, mas o Chaves igualaria mesmo, numa das suas poucas incursões ofensivas (83'). Avto cruzou desde a esquerda, André Luís desviou no coração da área e Stephen Eustáquio encostou ao segundo poste. Óliver estava pronto a entrar e até já tinha recebido indicações, mas o golo mudou tudo e quem acabou por entrar foi Aboubakar (84'). O resultado não sofreria mais alterações, por muito que o FC Porto tenha terminado o jogo com a equipa concentrada nos últimos 25 metros de terreno e a expor-se a um contra-ataque de quatro para três que só Vaná resolveu com uma boa defesa para canto (90'+1') a remate de Jefferson. No final, ainda bem que o resultado não sofreu mais alterações, pois o Dragão chegou mesmo a explodir em festejos ao minuto 90'+5', quando Aboubakar desviou na pequena área um cruzamento de Hernâni. Não havendo vídeo-árbitro, e perante protestos aparentemente credíveis dos homens do Chaves, o juiz do encontro consultou o assistente antes de repor a verdade dos factos: o camaronês tinha marcado com o braço. E assim se cumpriu a tradição de os dragões ficarem com contas para fazer na Taça da Liga ao cabo dos primeiros 90 minutos na prova.

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por Miran Pavlin às 23:59

Sábado, 11.08.18

Liga NOS, 1.ª jornada - FC Porto 5-0 GD Chaves - Imponente

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O arranque da caminhada portista no campeonato foi tão imponente que até pareceu tratar-se de uma jornada algures a meio da prova, com a equipa já em velocidade de cruzeiro. Perdido na velha máxima de uma equipa só jogar o que a outra deixa ficou o Desportivo de Chaves, que teve efectivamente pouca bola e não conseguiu - ou não soube - criar algo de positivo quando a teve. Bem cedo ficou a perceber-se qual seria o rumo do jogo. Aboubakar ameaçou ao minuto 8, com um cabeceamento em mergulho que saiu sobre a trave, e concretizou aos 14, trabalhando bem na pequena área antes de finalizar. O lance começou em Otávio junto à bandeirola de canto e passou por uma simulação de André Pereira antes de a bola chegar ao camaronês. Ao minuto 20 surgiria o segundo golo de Aboubakar, seguramente um dos mais fáceis que alguma vez teve de marcar. O segredo da jogada esteve no passe de Sérgio Oliveira para a desmarcação de Otávio, que apanhou os transmontanos totalmente desprevenidos. Não foi o único momento em que o FC Porto descobriu linhas de passe menos óbvias, que além de confundirem o adversário eram agradáveis à vista. Em lance individual Brahimi assinou o terceiro golo, com um remate inesperado depois de ultrapassar o central flaviense Maras (45').
Desta vez não houve a gestão de esforço tantas vezes levada a cabo quando tudo parece estar decidido. O FC Porto voltou do intervalo com a mesma atitude e criou perigo logo na bola de saída, em jogada de insistência com alguma confusão na área. As jogadas com princípio, meio e fim sucediam-se, mas seria preciso esperar até ao minuto 71 para ver um golo, agora por Corona, que interceptou um passe junto ao círculo de meio campo e cavalgou imparável até à festa. Os homens do Chaves limitaram-se a ver o mexicano avançar, diga-se. Corona tinha entrado apenas quatro minutos antes, para o lugar de André Pereira. Pouco depois do quarto golo iria a jogo Adrián López, que assim dava início à sua terceira tentativa de afirmação no FC Porto. O terceiro suplente utilizado seria Marius, que entrou aos 81 minutos e precisou de apenas sete para marcar. No lugar certo à hora certa, o chadiano estava onde era preciso para emendar de cabeça um remate transviado de Sérgio Oliveira.
Mesmo tentando colocar-nos do lado dos flavienses, é impossível questionar a justiça desta manita. Cinco golos que, no fundo, não valem mais que três pontos. O Chaves pode desde já colocar para trás das costas um dos três jogos teoricamente mais difíceis que cada equipa tem que fazer em cada campeonato português. Do outro lado, se os dragões não ganharam uma moral extra, pelo menos mantiveram a que já traziam.

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por Miran Pavlin às 23:59

Domingo, 11.02.18

Liga NOS, 22.ª jornada - GD Chaves 0-4 FC Porto - Créditos

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A ginástica continua. Na véspera de jogo europeu, entre baixas e opções técnicas Sérgio Conceição voltou a puxar pela cabeça para escalar o onze inicial, introduzindo ainda uma nuance, ao colocar a equipa no esquema predilecto do futebol do século XXI até agora: o 4x2x3x1. Aboubakar nem sequer integrou a lista de convocados para este jogo, naquilo que foi uma óptima oportunidade para Soares continuar a recuperar créditos depois do episódio de insatisfação ao ser substituído na meia-final da Taça da Liga. A prova palpável dessa recuperação surgiu ao fim de 14 minutos, altura em que o ponta-de-lança brasileiro abria as hostilidades, ao concluir com um remate cruzado uma recuperação de bola de Otávio a meio-campo. Sérgio Oliveira foi o responsável pela assistência. Na reacção ao golo sofrido, o Chaves esteve perto de marcar por duas vezes, mas esbarrou num corte atento de Maxi Pereira a Pedro Tiba (16') e numa defesa formidável de José Sá a um míssil de Matheus Pereira (22'). Não havia, portanto, desequilíbrio em campo; só no resultado, pois o minuto 28 trouxe o segundo golo azul-e-branco, novamente por Soares, agora num belíssimo remate de primeira junto à marca de grande penalidade, à meia volta, sem deixar a bola cair, após cruzamento de Maxi Pereira.
O teoricamente difícil tornava-se aqui um pouco mais fácil, mas ainda faltavam jogar muitos minutos. Sendo o Chaves uma das equipas mais elogiadas pela crítica, esperava-se que colocasse dificuldades acrescidas ao FC Porto. E a verdade é que os flavienses jogavam com atitude, mas continuavam a não encontrar uma chave - não resisti à piada fácil - que abrisse a defesa dos dragões. Com efeito, os homens mais adiantados do Chaves recorrentemente avançavam decididos até ao último terço do relvado, onde ficavam sem ideias. Não havendo até ao intervalo um golo transmontano que reavivasse a discussão, a partida ficava com poucos caminhos que pudesse percorrer. Dependia muito de quem tivesse a iniciativa de jogo, ou então de quanta iniciativa a equipa em vantagem permitisse ao adversário. O FC Porto não cederia, e chegou ao terceiro golo por intermédio de Marega (57'), que rematou cruzado na sequência de uma boa solicitação de Otávio, de calcanhar. Os ferros foram impedindo o avolumar do marcador em lances de Soares (59') e Waris (65'), mas nada pôde deter o forte remate de Sérgio Oliveira, que fixou o marcador final já na compensação (90'+1')
Talvez o Chaves não merecesse uma derrota tão robusta, mas o FC Porto não deixou os seus créditos por mãos alheias, retomando assim as lides continentais de cabeça limpa, e na esperança de que também a sua conta bancária seja creditada em função de um bom resultado.

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por Miran Pavlin às 19:30

Sábado, 09.09.17

Liga NOS, 5.ª jornada - FC Porto 3-0 GD Chaves - Velha máxima

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A história guardará nos seus arquivos um resultado final que indica um triunfo tranquilo do FC Porto, mas por uma vez os momentos mais relevantes do encontro não residem nos golos. Antes de os dragões fugirem com o resultado, o Chaves teve duas oportunidades de sonho para adicionar contornos à história, ficando-se apenas pelas intenções. O primeiro a falhar foi William, que em posição privilegiada finalizou para o lado quando já nem o Casillas de há dez anos chegaria à bola (70'), seguindo-se-lhe Tiago Galvão no desperdício (81'), num lance ainda mais gritante que o anterior. O FC Porto pode dar-se por feliz por ter escapado de boa duas vezes, e por ter tido ainda tempo de acrescentar os golos que não deixam espaço para discussão sobre a justiça do triunfo. Até porque o jogo esteve longe de ser dos melhores a que o Dragão assistiu - e assistirá - esta época.
As proverbiais "véspera de jogo europeu" e "regressos das selecções" poderão servir de explicação para a prestação menos dominadora dos azuis-e-brancos, mas não são, de maneira nenhuma, atenuantes. Desde logo porque todos os anos o FC Porto tem que lidar com esses aspectos, e muito mau era que assim não fosse. Com o FC Porto mais interessado em controlar o jogo do que em sufocar o adversário, não foi surpresa que o intervalo chegasse com o resultado inalterado. Nem sequer havia lances de perigo do lado dos dragões. A única oportunidade foi mesmo do Chaves (28'), num remate de Jefferson que colocou Casillas à prova; ainda assim, o lance na verdade não conta, devido a fora-de-jogo posicional de Renan Bressan.
Antes que o jogo entrasse no domínio das velhas máximas, Aboubakar aproveitou uma bola recuperada a meio-campo por Soares, suportou a forte marcação de Paulinho, e já na área rematou para golo (49'), com a bola a prensar ainda no defensor flaviense. Num jogo com tão pouca baliza estar em vantagem era uma dádiva. Sem transformar o controlo em domínio, como no jogo frente ao Moreirense, o FC Porto expôs-se então àqueles deslizes que o Chaves não soube capitalizar. Foi aí que uma velha máxima acabou mesmo por entrar em campo: quem não marca, sofre. Nem mais. O central Maras deu mão na área, e Soares converteria a grande penalidade, mas só na recarga (86'). Dois minutos mais tarde Marega fixou o resultado final ao desviar um cruzamento de Óliver Torres ao segundo poste.
A tranquilidade foi tardia, mas chegou, e veio bem a tempo de manter o FC Porto com aproveitamento total e a baliza ainda por estrear. Desde 1983/84 que tal não se verificava à passagem da 5.ª jornada.

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por Miran Pavlin às 23:40

Sexta-feira, 02.06.17

GD CHAVES 2016/17

O Desportivo de Chaves estava de volta à I Liga após 17 anos de ausência, mas a avaliar pela primeira volta não sentiu essa espécie de fosso geracional futebolístico. Pelo contrário, evocou mesmo memórias dos seus verdes anos na divisão principal, altura em que obteve dois quintos lugares (1986/87 e 1989/90) e um sexto (1985/86), bem como uma ida à Taça UEFA (1987/88). Com efeito, à 18.ª jornada os flavienses eram sextos classificados e tinham perdido apenas três partidas até aí – Benfica (c), Braga (f) e FC Porto (f). A mobilidade da frente de ataque ia causando estragos e as boas exibições sucediam-se, resistindo mesmo à mudança súbita de treinador registada após a 13.ª jornada. Por essa altura, estavam reunidos os ingredientes para classificar o Chaves de equipa sensação.

 

TAÇA DE PORTUGAL

O Chaves causou espanto também na Taça de Portugal, onde tirou do caminho FC Porto e Sporting. Os dragões foram os primeiros a cair, na 4.ª eliminatória, que os transmontanos venceram nas grandes penalidades (3-2) no final de um nulo em 120 minutos. Os oitavos-de-final foram um carrossel de emoções para o Chaves na visita ao Torreense. Os da casa estiveram a vencer (35’), permitiram a reviravolta (58’), e abririam as portas de um prolongamento (90’) com um auto-golo do flaviense Freire, mas o Chaves fechou-as com uma grande penalidade de Battaglia ao minuto 90’+9’. Nos quartos-de-final foi a vez de o Sporting se despedir, por força de um golo de Carlos Ponck (87’), antes de uma meia-final dramática com o Guimarães. O Chaves recuperou de uma desvantagem de dois golos, mas permitiu um fatal golo fora ao Vitória e ainda falhou uma grande penalidade na compensação. Um duro final para uma caminhada que começara bem longe da raia transmontana, com uma vitória sobre o União (0-1) na 3.ª eliminatória.

 

SEGUNDA METADE

O resto de campeonato do Chaves teve pouco do fulgor da primeira metade da temporada. Depois de baterem o Nacional (2-0) na primeira ronda da segunda volta, os flavienses venceriam apenas mais dois jogos, contra Arouca (2-0) e Paços de Ferreira (1-0), este com um auto-golo de Gegé. A época terminou em plena série de sete jogos sem vitórias. Face a um tão fraco pecúlio a partir de Janeiro, acabaram por ser os rendimentos até aí conseguidos a justificar o 11.º lugar final, juntamente com os 14 empates. Ninguém dividiu tanto os pontos neste campeonato.

 

FIGURAS

Fábio Martins foi o artilheiro da equipa com seis golos na Liga, seguido de Rafael Lopes com cinco golos. Renan Bressan e Willian fizeram quatro golos cada.

Braga e Perdigão foram outros nomes em foco no ataque do Chaves. Mais atrás, destacou-se o central Nélson Lenho, o único totalista desta edição da Liga NOS.

 

TREINADORES

Depois de realizar trabalhos interessantes ao comando de Belenenses e Paços de Ferreira, Jorge Simão parecia estar a viver o seu ano de afirmação, mas cortou a árvore pela raiz quando ao fim de 13 jornadas não resistiu ao convite do Braga, que entrou em convulsão e despediu José Peseiro. Nem o Chaves voltou a praticar futebol tão atractivo, nem Simão voltou a ter o mesmo sucesso.

Recrutado ao Vizela, Ricardo Soares procurou não estragar o que estava feito, mas não conseguiu manter a chama da equipa por muito mais tempo. Em Janeiro, no espaço de quatro dias Soares viu o Chaves roubar pontos ao Sporting na Liga (2-2 em casa) e empurrá-lo para fora da Taça, naqueles que seriam os últimos grandes momentos dos flavienses na temporada.

 

CONTABILIDADE

Liga NOS: 11.º lugar, 8v-14e-12d,35gm-42gs, 38 pontos;

Taça de Portugal: eliminado nas meias-finais frente ao Vitória de Guimarães;

Taça da Liga: afastado na 2ª eliminatória, ao perder em casa do Rio Ave (1-1, 3-1 gp).

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por Miran Pavlin às 12:30

Sábado, 29.04.17

Liga NOS, 31.ª jornada – GD Chaves 0-2 FC Porto – Primeira pedra

O FC Porto chegava à recta final do campeonato envolto numa súbita turbulência, fruto de quatro empates em cinco jogos. Visto de uma perspectiva oblíqua, os dragões podiam até dar-se por felizes de as consequências não terem sido catastróficas porque o líder também deslizou aqui e ali. Certo era que o FC Porto se mantinha na mesma posição comprometedora em que ficou no final de Novembro, agora com a margem de erro já muito para lá do prazo de validade. Ainda com o título em jogo, ter três deslocações nas últimas quatro jornadas é uma tarefa monumental, independentemente de quem sejam os adversários. O FC Porto teve que enfrentar a ida a Chaves sem Brahimi e Danilo Pereira, e talvez tenha sido por aí que o FC Porto esteve longe de deslumbrar; Corona estava de regresso após lesão, mas trouxe pouco ritmo. Os azuis-e-brancos controlaram a primeira parte, mas só se mostraram em dois livres de longe de Rúben Neves que proporcionaram boas defesas a Antrónio Filipe. O guardião flaviense cederia ao minuto 52, altura em que defendeu para a frente nova tentativa à distância, agora de André André. Oportuno, Soares chegou de pronto ao ressalto e abriu o marcador. Corona daria o lugar a Óliver Torres (66’) e foi já com o espanhol em campo que apareceu o 0-2 (72’), numa boa transição ofensiva iniciada pelo próprio e finalizada por André André à saída do guarda-redes. Talvez o FC Porto tenha beneficiado de um Chaves numa forma bastante menos fulgurante que na primeira metade da temporada, mas não deixou de justificar o triunfo. Não sem antes ficar reduzido a dez (89’) por uma entrada tão violenta como disparatada e desnecessária de Maxi Pereira, a pés juntos e de sola sobre Davidson. Expulsão indiscutível, mas um erro potencialmente tão grave como aquele de Herrera que deu o fatídico último canto na recepção ao Benfica (10.ª jornada), desfalcando os dragões para a colocação da próxima pedra da tal monumental empreitada portista. A primeira foi colocada então com pouco brilho, mas ficou lá. E quão necessária é para alicerçar a esperança que os adeptos mais optimistas ainda acalentem.

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por Miran Pavlin às 23:25

Segunda-feira, 19.12.16

Liga NOS, 14.ª jornada – FC Porto 2-1 GD Chaves – Intenso

Volvido um mês e um dia sobre a eliminação da Taça de Portugal aos pés deste mesmo Chaves, o momento do FC Porto não podia ser mais diverso na hora de o reencontrar. Se nessa altura os dragões vinham de um inglório empate caseiro com o Benfica e iniciavam um calvário de quatro nulos consecutivos, desta vez subiam ao relvado na crista de uma série de quatro vitórias. Já o Chaves, apesar da súbita perda do técnico Jorge Simão, mantinha a boa forma, tendo sofrido apenas duas derrotas em 13 jornadas. A teoria não joga, já se sabe, mas o Chaves fez questão de sublinhar que não entrou na jornada em sétimo lugar por acaso. Os flavienses foram um osso bem duro de roer.

O aviso estava lá desde essa partida da Taça, mas, por jogarem em casa, talvez o FC Porto não estivesse à espera – parafraseando Luís Freitas Lobo – da agressividade táctica com que o Chaves abordou os primeiros minutos. A pressão sobre o portador da bola e as saídas rápidas para o contra-ataque à mínima oportunidade não deixavam que os azuis-e-brancos assentassem o seu jogo. Até que ao minuto 13 o azar bateu à porta do FC Porto. Num regresso aos momentos menos bons do início da época, Felipe entregou a bola ao adversário, que logo iniciou mais um contra-ataque. Como se isso não bastasse, Felipe escorregou quando se preparava para cortar, e o Chaves avançou até à entrada da área, onde Rafael Lopes desferiu um remate que ressaltou em Danilo Pereira e caiu redondo dentro da baliza.

Em vantagem, e mesmo não esquecendo o contra-ataque, o Chaves aumentou os níveis de agressividade física nas disputas de bola. A ansiedade dos portistas era também crescente, os ânimos iam aquecendo, e as reclamações multiplicavam-se, de parte a parte, a cada decisão do árbitro Vasco Santos. O guardião flaviense António Filipe, herói da Taça, montou mais um álbum de boas defesas, enquanto do outro lado Casillas não lhe ficou atrás, efectuando mesmo a sua melhor defesa desde que está no FC Porto, num cabeceamento à queima-roupa de Leandro Freire (34’), à qual se juntaram outras duas intervenções de qualidade a repelir traiçoeiros remates de Braga e Perdigão.

No segundo tempo o FC Porto passou de ansioso a determinado, começando efectivamente a carregar sobre o último reduto transmontano. Mais recuado no terreno, o Chaves já não conseguia municiar Fábio Martins, Braga e Perdigão como fizera na primeira parte; Rafael Assis é que passou a ser o destaque definitivo no tocante a infracções, escapando sem ver o segundo cartão amarelo. Logo aos 52 minutos André Silva, de cabeça, fez golo, mas o árbitro assistente invalidou-o por fora-de-jogo que não existiu, motivando fortes protestos do banco portista assim que a informação lá chegou. António Filipe mantinha-se intransponível, e continuou a sê-lo durante um bom tempo, adicionando uma majestosa defesa, em tudo idêntica àquela anterior de Casillas, em novo cabeceamento de André Silva (64’). Uma grande penalidade terá ficado por assinalar, numa carga de Carlos Ponck sobre Maxi Pereira, e a necessidade de mais presença na área levou Depoitre ao jogo, por troca com Diogo Jota (63’). Desastrado nas suas prévias aparições, desta vez o belga foi certeiro, correspondendo de cabeça a um cruzamento de Alex Telles para o golo do empate (72’). A reviravolta demorou apenas mais cinco minutos, altura em que Danilo Pereira arrancou um golo de levantar o estádio, num forte remate de fora da área, que entrou bem junto ao poste direito das redes flavienses.

Feito o 2-1, Nuno Espírito Santo optou por segurar o jogo, fazendo entrar Rúben Neves para o lugar de Óliver Torres – boa exibição – (82’) e João Carlos Teixeira para o posto de Brahimi (85’), que foi o mais castigado pela impiedosa marcação adversária. O Chaves ainda tentaria um último atrevimento em busca do empate, mas nesses minutos finais já faltavam as pernas, e o marcador não voltaria a alterar-se. Apesar de as estatísticas finais darem superioridade ao FC Porto, o Chaves é também responsável pela grande intensidade com que se jogou, e que incrivelmente só fez alguns jogadores transbordar – ligeiramente – após o apito final, a propósito de um desentendimento entre André Silva e os flavienses Ponck e Nélson Lenho. Só os intervenientes poderão esclarecer o motivo.

Foi a terceira reviravolta na Liga – quarta na época. Um bom indicador, que não significa necessariamente que tudo esteja bem no reino do Dragão. É certo que o FC Porto voltou nos últimos jogos a mostrar mais consistência, mas falta provar que não voltará a entrar num ciclo negativo como no mês de Novembro.

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por Miran Pavlin às 23:55



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