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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
O Sporting recebeu e venceu a Olhanense ontem por 1-0, golo do jovem Mané, um jogador em crescendo que tem agarrado as oportunidades que tem vindo a ter. Não foi um jogo brilhante mas ainda assim o Sporting poderia ter alcançado um resultado mais confortável. O futebol é feito de momentos e se a equipa não consegue materializar os momentos arrisca-se a acabar com o credo na boca, como foi o caso de ontem. Se o golo anulado tivesse contado, se calhar hoje estávamos a falar de goleada... a equipa perdia os complexos e tinha arrancado para uma exibição melhor... mas de qualquer forma, houve boas indicações na primeira parte e houve várias oportunidades de golo durante todo o jogo. O campeonato também é feito destes jogos menos conseguidos e ainda bem que desta vez os 3 pontos ficaram em Alvalade. Noutros jogos o Sporting já fez bem mais para ganhar e não conseguiu. E já nem falo do futebol do passado recente...
O destaque vai para Montero (não marcou mas assistiu e fez a equipa jogar), Maurício (imperial na sua zona de acção), William Carvalho (a sua presença em campo faz toda a diferença) & Carlos Mané (pelo golo e pela exibição segura)
O André Martins, apesar de se esforçar, tem dado pouco à equipa nos últimos jogos - acho que o jogo com o Paços de Ferreira foi a sua última boa exibição. Entendo que seja um jogador tacticamente evoluído mas parece-me que Magrão e Vítor seriam capazes de dar mais noutros aspectos do jogo. Rojo voltou a ter um momento de pura burrice e apanhou um cartão amarelo (por protestos) que o vai por fora do próximo jogo. Wilson Eduardo entrou desastrado e não conseguiu ajudar a que se chegasse ao golo da tranquilidade. Por seu lado Carrillo teve perto de decidir o jogo com duas jogadas inspiradas que erraram o alvo por pouco. Os laterais estiveram muitas vezes envolvidos no ataque, mas também não estiveram felizes. Em suma, uma vitória que não se discute, que serve para aumentar os níveis de confiança e que mostra ao mesmo tempo que há muito trabalho para ser feito. Segue-se o Rio Ave em Vila do Conde, num campo que esperemos, esteja em muito melhores condições comparado com a meia final da Taça da Liga da passada semana.
Numa jornada em que tinha a hipótese de se isolar na frente do campeonato, o Sporting não a desperdiçou e veio de Barcelos com os 3 pontos. Foi um bom jogo de parte a parte. O Gil Vicente mostrou que tem uma equipa bem montada, com processos bem trabalhados e bem assimilados e complicou muito a tarefa do Sporting. Pareceu-me procurar algo mais que o empate, e quando assim é, é sempre de louvar. Por seu lado, o Sporting mostrou concentração e atitude, apresentando a receita do costume a nível táctico. Wilson Eduardo voltou ao onze por troca com Carrillo e infelizmente não se mostrou particularmente inspirado. Em contrapartida, André Martins jogou e fez jogar, sendo o elemento chave do meio campo para a frente. Quanto a Montero voltou a marcar os golos que eu gosto mais: os de encostar. Estes golos são sempre bom sinal: querem dizer que a equipa está a criar jogadas de ataque e que o avançado tem faro para o golo, aquela ratice que já não havia no Sporting desde os tempos do melhor Liédson.
Numa altura em que o Gil Vicente estava a crescer e mostrar ser capaz de chegar ao empate, Peks fez daquelas coisas que deixa qualquer treinador de cabelos em pé: entrou brutamente sobre um adversário a 70 metros da sua baliza e hipotecou as possibilidades da sua equipa discutir o resultado. Depois desse momento, o Sporting chegou naturalmente ao 0-2 e geriu o jogo tranquilamente até ao final.
Ontem a maior parte dos jogadores esteve em destaque: Patrício (uma bela intervenção a segurar o resultado quando ainda estava 0-1), Cédric & Jefferson (bem a defender, bem a atacar), Maurício & Rojo (sem complicar), William & Adrien (muita entrega), André Martins (encheu o campo), Capel (influente) & Montero (muito bem a tabelar quando descia, mais dois golos plenos de oportunidade).
Carrillo, Slimani e Salomão já não vieram a tempo de acrescentar muito ao jogo. Segue-se o Belenenses em Alvalade, uma equipa que esta época já fez mossa ao Porto e que precisa de pontos. É certo que em Agosto ninguém esperava este nível exibicional e esta consistência da equipa do Sporting, mas a cada jogo a surpresa vai-se esbatendo, à medida que o bom futebol continua. Independentemente da classificação final do campeonato, o facto de o Sporting conseguir apresentar este futebol, tão poucos meses depois do descalabro total, é de louvar.
Uma nota final para as palavras do presidente ontem em Vila do Conde acerca da intenção de não contratar ninguém em Dezembro. Concordo plenamente. Exceptuando 3 casos (Elias, Jeffrén & Labyad) que terão de ser necessariamente resolvidos com a saída dos jogadores, creio que não faz sentido mais ajustes no plantel, dado o curto calendário que espera o Sporting nos próximos meses. Contratar por contratar não faz sentido, e impedir a progressão de alguns dos que já cá estão, também não.
Desta vez a minha habitual crónica chega com um pequeno atraso. Geralmente costumo escreve-la ainda no próprio dia do jogo, "a quente" mas desta vez não foi possível. Primeiro porque estive em Alvalade no domingo, e depois porque o Sapo não me deixou fazer login durante o dia de ontem... mas resolvidos os problemas, é tempo de voltar ao jogo.
Nas crónicas anteriores muito tenho falado nas mudanças ao nível do futebol, mas no domingo pude aperceber-me de outras mudanças (na minha opinião, para melhor) que ocorreram. No tempo que esperei ao frio, antes do começo do jogo, gostei de ver a aproximação ao sócio que neste momento ocorre: vários passatempos no relvado, prémios & um mestre de cerimónias muito competente. A iniciativa do 12º jogador, em que o vencedor tem a hipótese de aparecer na foto da equipa tirada antes do começo do jogo, é simplesmente excelente.
Quanto ao jogo, felizmente não há uma grande história para contar. O Paços de Ferreira vinha a Alvalade jogar no erro do adversário, mas cedo sofreu o golo que fez desabar a estratégia. Sem exercer um domínio avassalador ou criar muitas oportunidades, o Sporting foi dominando os acontecimentos e foi com naturalidade que dilatou o resultado na segunda parte. Creio que os momentos de maior emoção ofensiva ocorreram nos últimos 10 minutos, após a entrada de Wilson Eduardo e Slimani (este último em estado de graça entre os adeptos), desejosos de mostrar serviço. Como tenho dito, este foi um jogo muito mais à medida de André Martins, permitindo-lhe ser muito mais influente no jogo da equipa.
Destaco Montero (mais dois golos), William Carvalho (um verdadeiro pilar nesta equipa), Adrien (importante até por sair por lesão), Cédric (a responder muito bem à ameaça de Piris), André Martins (finalmente em destaque) & Capel (muita raça e responsável pela maior parte dos ataques da equipa).
Como sempre, Carrillo esteve no melhor e no pior. Vai ser um caminho bastante longo até se tornar num jogador verdadeiramente fiável... infelizmente noto que as bancadas já não têm grande paciência. Uma nota final para a entrada de Gérson Magrão, na minha opinião, um bom jogador, com algo para dar à equipa, mas que em condições normais não terá grandes oportunidades para jogar.
De forma surpreendente, à 11ª jornada, o Sporting vê-se na frente do campeonato, empatado com o Benfica. É um prémio justo para a consistência desta equipa, que tem jogado um futebol positivo, ofensivo, ganhando e convencendo. A diferença para os rivais é óbvia (como se viu nos confrontos directos), mas a forma séria como tem encarado todos os jogos tem sido o verdadeiro factor X. Segue-se o Gil Vicente, uma equipa bem organizada que tem vindo a fazer um campeonato tranquilo.
Esta semana, a lesão de Jefferson preocupou e preocupa. Afinal o brasileiro tem sido um dos jogadores em destaque neste início de época (basta ler as crónicas anteriores), e nenhum dos possíveis candidatos a substitui-lo me tranquilizava. Apercebi-me depois que o campeonato afinal vai parar 3 semanas... e pelo menos um jogo já passou sem que se desse muito pela sua falta.
O Sporting teve hoje um típico jogo de campeonato, contra uma equipa que joga em primeiro lugar para o 0-0 e depois logo se vê. E as dificuldades foram as esperadas. Durante a primeira parte houve mais transpiração do que inspiração, o meio campo do Sporting não funcionou no que diz ao respeito ao transporte da bola e aconteceu sistematicamente algo que eu abomino: o chutão para a frente. Ao melhor estilo de Anderson Polga (um catedrático do chutão para a frente), os centrais do Sporting mataram várias jogadas de ataque com o dito chutão, dada a ausência de linhas de passe. É óbvio que houve mérito do Vitória (muito pressionante, muito agressivo na disputa de bola, mas curiosamente, sem ser violento), mas felizmente o jogo descomplicou-se num lance inesperado: um jogador do Vitória atrasa defeituosamente uma bola ao guarda-redes, a bola encontra Montero pelo caminho, e o colombiano atirou a contar. Como o mais difícil estava feito, o resto do resultado surgiu naturalmente durante a segunda parte, num período em que o Vitória deu mais espaço para jogar e não conseguiu pressionar com tanta intensidade. No lugar de Jefferson, Piris cumpriu sem grandes sobressaltos, entrando para a estatística do jogo com uma assistência no segundo golo de Montero.
Destaco as exibições de Montero (impressionante registo de golos, sobretudo por ter sido obtido em muito poucas oportunidades de golo... a taxa de aproveitamento é altíssima), Carrillo (no melhor e no pior, felizmente hoje mais melhor do que pior), Cédric (a atravessar um bom momento, com muita confiança) e William Carvalho (importante a fazer... faltas!)
A defesa comprometeu em alguns momentos mas felizmente sem consequências de maior. Nota para o regresso de Gérson Magrão (discreto) e a estreia de Carlos Mané (com pouco tempo para se mostrar). Apesar das dificuldades sentidas para ultrapassar esta equipa do Vitória, exibicionalmente a equipa apresentou-se uns furos acima aquando do jogo contra o Rio Ave, o que me leva a concluir que esta equipa do Sporting não pode jogar abaixo desta bitola. Mérito para o treinador, que tem trabalhado para corrigir os problemas que a equipa apresentou no passado. Segue-se uma longa paragem com jogos da Selecção e Taça de Portugal, antes de uma visita ao Porto. É certo que o Sporting se encontra ainda uns furos abaixo do nível do FCP, mas eu, tal como todos os sportinguistas, estou curioso para ver como a equipa vai responder no ambiente adverso do Dragão.
O Sporting esteve muito perto de não ganhar em Braga e, se tal acontecesse, podia certamente dizer que o Sporting perdia dois pontos. Dadas as circunstâncias do jogo (o domínio da partida, as oportunidades desperdiçadas, a forma displicente como foram abordados alguns lances), a vantagem estava à mercê, e parecia que iria acontecer a qualquer momento... mas não acontecia. Apesar do golo madrugador, o Braga controlou as operações até à expulsão, passando posteriormente a tentar o contra-golpe ocasional, através da velocidade e experiência dos seus jogadores. Felizmente, após o remate traiçoeiro de Alan, a inspiração não voltou a surgir do lado do Braga... só que do lado do Sporting a mesma teimava em não aparecer. É certo que o jogo foi condicionado pelo estado do tempo (chuvoso), mas a equipa teve elementos claramente desinspirados. Adrien falhou demasiados passes, André Martins não teve acutilância no último terço do terreno e Carrillo levou certamente ao desespero todos os adeptos do Sporting quer no estádio, quer na televisão. Jardim esteve bem na entrada de Wilson ao intervalo, contudo pareceu-me que Adrien esteve (muitos) minutos a mais em campo, numa noite em que estava totalmente desinspirado (um pouco à semelhança do último jogo... esperemos que não seja para continuar). Apesar de ser ingrato entrar a poucos minutos do final com a equipa a precisar de marcar, Slimani é uma opção bastante interessante para este tipo de jogos. Apesar de não ter tido nenhuma oportunidade para finalizar, ganhou algumas bolas divididas e tabelou bem com os colegas. Estou curioso para o ver em acção em condições normais de jogo, se não for antes, num qualquer jogo da Taça da Liga.
Destaco as exibições de Cédric (jogo regular, resolveu num pontapé de fora da área), Montero (continua a superar as melhores expectativas), Maurício (também continua a superar as melhores expectativas), Jefferson (apesar de mais apagado, somou mais uma assistência).
Este é o tipo de jogo que faz a diferença: quando a equipa não joga muito bem e consegue ganhar. Já tinha abordado esta questão na última crónica, e será neste aspecto que se verá, ou não, o crescimento da equipa. Segue-se o Setúbal em Alvalade (treinado por alguém que me parece ter um ódio visceral ao Sporting... ao estilo de Manuel Cajuda), antes de uma visita ao Porto que promete ser tudo menos tranquila, isto tendo em conta as últimas semanas no futebol português....
... e foi o primeiro resultado negativo da época, não necessariamente devido ao resultado (empate) mas sobretudo devido ao rendimento da equipa. Ao contrário das equipas rivais, o Sporting ainda está um pouco longe do patamar em que consegue ganhar mesmo jogando mal e, assim sendo, não tendo jogado bem, o Sporting não conseguiu ganhar desta vez. É certo que o Rio Ave teve também mérito neste resultado: pressionou bem, tapou bem os construtores de jogo do Sporting e apresentou uma boa atitude e entrega. Pelo contrário, o Sporting, após se apanhar em vantagem (através de um lance, no mínimo, estranho) baixou o ritmo (que já por si era baixo...), passou para o modo super-poupança de esforço e foi sem surpresa que não conseguiu segurar a vantagem até ao final. Apesar da euforia do inicio de época (normal, dado o terror da temporada passada), mesmo tendo um calendário menos preenchido, a equipa do Sporting ainda está longe da consistência que o treinador e dirigentes pretendem. Há jogadores que anda mantém a irregularidade da época passada (Carrillo), outros que estão no processo de aprendizagem (Dier, William) e infelizmente não há milagres que mudem tudo repentinamente.
Destaco a exibição do Wilson Eduardo (um excelente golo, numa situação em que falharia 9 em 10 tentativas!), do Jefferson (ainda a manter uma regularidade agradável) e Montero (quase marcava na única oportunidade digna desse nome).
É certo que Montero deixou de marcar (algum da teria de ser), e o rendimento da equipa baixou para níveis preocupantes sem que nada o fizesse esperar, mas espero que a tendência seja para melhorar, aumentando a consistência aos poucos. Interrogo-me se Slimani não deverá ter a oportunidade de jogar mais minutos contra este tipo de equipas e se André Martins conseguirá impor o seu futebol contra equipas fisicamente mais agressivas (Vítor está à espreita). Segue-se o Braga, que nos fez o favor de levar o Prof. Jesualdo para o Minho, num jogo que será tão ou mais difícil quanto este.
Depois de uma paragem para os jogos da selecção o campeonato recomeçou no Estádio do Algarve, esse grande elefante branco, terna lembrança do tempo das vacas gordas em Portugal. Com menos de metade da sua capacidade preenchida, mas ainda assim com uma boa moldura humana (composta sobretudo por Sportinguistas), este estádio foi palco de um jogo bem disputado, entre duas equipas em construção. Confesso que fiquei surpreendido com a boa resposta do Olhanense, que apesar de uma equipa composta maioritariamente por jogadores estrangeiros (o que é de lamentar) apresentou uma grande atitude competitiva e vendeu cara a derrota. O Sporting apresentou-se sem novidades de maior, deixando apenas Rojo de fora por lesão e apresentando Dier no centro da defesa. O inglês cumpriu e rubricou uma exibição tranquila, apesar de alguns calafrios que a defesa do Sporting sofreu durante a partida. Este jogo acabou por ser uma mistura de azar e sorte... azar nas várias oportunidades desperdiçadas na primeira parte (com bons momentos de futebol, quando a equipa se conseguia libertar do colete de forças aplicado pela Olhanense) e sorte no momento em que se colocou em vantagem (desta vez beneficiado por um erro do arbitro auxiliar) e não sofreu golos (em virtude da perdida clamorosa da Olhanense na segunda parte). Creio que o triunfo se justifica plenamente, tendo a equipa do Sporting lutado mais do que o suficiente para trazer os 3 pontos do Algarve. A parte final do jogo teve já pouca intensidade (alguns dos jogadores nucleares tinham estado ao serviço da selecção na semana anterior), mas com o resultado resolvido, ninguém se pode queixar. Uma nota final para a estreia de Vítor, que não veio acrescentar nada ao jogo, mas que mostra que Gerson Magrão perdeu o seu espaço no plantel.
A equipa não esteve particularmente inspirada, mas alguns jogadores destacaram-se a espaços. Destaco as exibições de Jefferson (muito regular neste inicio de época, combinou muito bem com Capel nas subidas ao ataque), Adrien Silva (lutou enquanto teve físico), Montero (mais um golo num jogo com poucas oportunidades), André Martins (um golo e uma assistência, num jogo onde nem tudo lhe correu bem), Wilson Eduardo (uma assistência, apesar de ter andado alheado do jogo em alguns momentos).
Em alguns momentos houve mais luta do que recorte técnico, muitos passes falhados, alguns erros posicionais, mas no futebol também é preciso haver uma ponta de sorte. A equipa continua em crescimento e é normal que os erros continuem, esperemos que surjam em muito menor quantidade à medida que o tempo for passando. Na próxima semana segue-se o Rio Ave, uma equipa que tem vindo a perder gás, mas que virá com grande vontade de ultrapassar a série de maus resultados. Será um desafio já de média dificuldade para esta equipa do Sporting.
No passado sábado, o Sporting jogou com o Benfica envolvido numa excelente atmosfera, um espectáculo à parte, proporcionado pelo público de Alvalade. Infelizmente, essa massa humana não teve a possibilidade de ver uma vitória do Sporting. A atravessar um bom momento, quer anímico quer físico, o Sporting entrou bem no jogo e controlou as operações durante a primeira parte, chegando cedo à vantagem. Curiosamente, as alterações forçadas operadas pelo treinador do Benfica tiveram o condão de transformar a sua equipa para melhor e neutralizar o meio campo do Sporting nos primeiros 25 minutos da primeira parte. Quando Leonardo Jardim decidiu corrigir essa situação, o Benfica marcou numa jogada genial de Markovic e garantiu a divisão de pontos até ao final. O Benfica mostrou sempre ser uma equipa perigosa e com capacidade de poder decidir em jogadas individuais (como veio a acontecer), mas neste momento mostra níveis físicos muito aquém do normal. Será que o final da temporada passada levou a equipa até ao limite? No que diz respeito ao Sporting, apesar de ter possibilidade de conseguir um outro resultado, a divisão de pontos aceita-se por ainda não existir a maturidade necessária para gerir muitos dos momentos do jogo. Contudo não posso deixar de salientar a evolução positiva desta equipa, que continua a apresentar um futebol positivo, de transições rápidas, assente num meio campo muito pressionante. Destaco as exibições de Jefferson (bela exibição enquanto jogou a lateral esquerdo), William Carvalho (mal apenas no lance do golo do Benfica, de resto um verdadeiro pêndulo), Adrien Silva (o motor da equipa, apenas não foi feliz nas bolas paradas), Patrício (pouco trabalho, mas importante quando foi chamado a intervir) e claro, Montero, que continua a marcar e a exibir-se em bom plano.
Como já mencionado lamento sobretudo o pouco aproveitamento das situações de bola parada (sobretudo os numerosos pontapés de canto) e a falta de "ratice" da equipa. Contudo, a jogar assim, esta equipa vai sempre beneficiar da comparação com o passado recente, e se tivermos isso em conta, o trabalho desenvolvido até aqui só pode agradar.
Segue-se uma paragem no campeonato (que nunca é benéfica) antes de uma deslocação a Olhão, onde se espera que a equipa mantenha a mesma atitude.
O campeonato arrancou da melhor maneira para o Sporting, com um resultado dilatado frente ao Arouca. Apesar da inexperiência relativa do adversário (digo relativa, porque muitos dos seus jogadores têm já muito futebol nas pernas), este jogo fica marcado pelo regresso do futebol bem jogado a Alvalade. Ainda sem Slimani, o Sporting mostrou ter uma série de soluções ofensivas que, aliada à boa atitude da equipa, fez com que o resultado chegasse a estes números. O destaque a nível individual vai necessariamente para Fredy Montero, que na sua estreia oficial consegue marcar por 3 vezes, mostrando que embora não tenha uma grande presença física na área, compensa com técnica e instinto. Mas tenho de destacar também as exibições de Jefferson (apesar de não ter tido sucesso nos livres directos, terminou o jogo com duas assistências), William Carvalho (muito forte nos duelos individuais e a construir jogo), Maurício (continua a cumprir e marca golos), Adrien (a manter o ritmo elevado da pré-época), Wilson Eduardo (finalmente a ter uma oportunidade na primeira equipa e a corresponder), Rui Patrício (muita segurança quando teve de intervir) & Diego Capel (ainda a tempo de fazer uma assistência).
Tirando a exibição apagada de Magrão (ainda assim, saiu com a equipa já a ganhar) e os pontapés para a frente de Rojo (terá ficado com os "livros" de Polga?), este foi um jogo que deu boas indicações para os próximos jogos, permitindo ter já uma boa ideia do modelo que Leonardo Jardim pretende implementar no Sporting. O próximo confronto é já no sábado com a Académica, um adversário que provavelmente terá as mesmas características: uma equipa recuada, a segurar o ponto, espreitando o contra-ataque. Acima de tudo, espero que o bom futebol continue.
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