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CORTE LIMPO

Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário


Quarta-feira, 16.12.20

Taça da Liga, quartos-de-final - FC Porto 2-1 FC Paços de Ferreira

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Não assisti ao jogo.

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por Miran Pavlin às 23:59

Sexta-feira, 30.10.20

Liga NOS, 6.ª jornada - FC Paços de Ferreira 3-2 FC Porto - Por onde começar?

PFFCP.jpgNão é todos os dias que um jogo do FC Porto na liga portuguesa nos deixa a pensar por onde começar a revê-lo. Parecia a Premier League. E não é exagero. O menos provável bateu o pé à equipa mais forte, o jogo foi intenso de início a fim, houve incerteza no marcador para os minutos finais, e ainda houve polémica. Em dose generosa. A verdade do jogo encontra-se algures entre o demérito do FC Porto e o muito mérito do Paços, que realizou um jogo inexcedível. Não foi preciso muito tempo para que se percebesse que os pequenos-grandes detalhes do jogo estavam a cair mais para o lado pacense. Como no lance do primeiro golo (11'), que nasce de um corte apertado de Corona que inadvertidamente coloca a bola nos pés de Dor Jan. O avançado dos pacenses ficou com o golo à mercê, mas só marcou à segunda, após ressalto. A resposta do FC Porto, num livre directo de Sérgio Oliveira, esbarrou no poste (23'). A imagem do FC Porto pior ficava quando se constatava a facilidade com que os seus jogadores entregavam a bola ao adversário, ou a forma como o Paços antecipava o que os dragões iam fazer. Ao minuto 37, um golo do Paços não contou, por suposta falta de Dor Jan sobre Mbemba, ao assistir o colega. O juiz Nuno Almeida reviu o lance e anulou o golo, mas não parece ter havido qualquer infracção. Felizmente, os castores marcariam mesmo o segundo golo pouco depois (43'), num lance em tudo idêntico; bola metida para as costas da defesa, do seu lado esquerdo, cruzamento de Hélder Ferreira e desvio de Eustáquio no coração da área. Felizmente, porque esse golo veio compensar a aparente má decisão do árbitro, e assim reduzir a intensidade do fogo no debate futebolístico dos próxmos dias. Mas só por uns minutos, pois na compensação, o FC Porto beneficia ele próprio de uma grande penalidade - convertida por Sérgio Oliveira, após revisão das imagens (45'+7'). A falta nasce de um cruzamento rasteiro de Otávio, que prensa em Eustáquio; ao mesmo tempo, o homem do Paços desequilibra-se, apoia-se, e é nesse momento que o braço toca na bola. É involuntário, mas o jogador tira partido desse toque. Deverá ou não ser falta? Quem tiver a resposta, faça favor de dizer.
Certo é que o FC Porto estava por baixo e não mostrava futebol suficiente para se impor. Conforme Sérgio Conceição afirmou entre as primeiras palavras da conferência de imprensa pós-jogo, "o Paços foi melhor que nós". Não o diríamos melhor. Pouco de positivo se via na equipa do FC Porto, além das defesas de Marchesín, do trato de bola de Grujic, e da iniciativa de Nakajima, que o substituiu. Apesar de tudo, o FC Porto não estava apático; tentava, mas não conseguia superiorizar-se a tudo o que os castores iam fazendo bem. O terceiro golo surgiu também de grande penalidade (59'), esta indiscutível, por mão de Marega. Felizmente, Bruno Costa não desperdiçou, caso contrário, arriscava-se a ser acusado de o ter feito de propósito, dado o seu passado portista. O Paços teve oportunidades para mais. Eustáquio atirou à parte inferior da trave (63'), com a bola a ressaltar ainda sobre a linha de golo, enquanto Bruno Costa (66') e João Pedro (90') viram Marchesín defender bem as suas tentativas. O FC Porto reduziria num belo remate de Otávio (78'), de fora da área, naquele que seria o seu último momento de perigo, num jogo que teve um pouco de tudo. Até ambos os treinadores foram expulsos; Pepa por protestar o golo anulado, Sérgio Conceição por protestar depois do apito final. A justiça do resultado é que não tem contestação. São já oito os pontos desperdiçados pelo FC Porto em escassas seis jornadas.

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por Miran Pavlin às 23:59

Segunda-feira, 29.06.20

Liga NOS, 29.ª jornada - FC Paços de Ferreira 0-1 FC Porto - Montanha

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O estádio Capital do Móvel, anteriormente conhecido como Mata Real, vinha sendo um campo minado para o FC Porto. Ao ponto de já poucos, ou nenhuns, se lembrarem de que foi aqui que em 2013 os dragões carimbaram o título. Outros tempos. Os que se seguiram trouxeram, portanto, uma colecção de resultados adversos, com consequências mais, ou menos, gravosas. Daí que ter este encontro no calendário a seis jogos do fim é como se fosse uma montanha. O FC Porto chegou ao golo cedo (7'), por Mbemba, que na sequência de um canto aproveitou uma sobra na área, em frente à baliza, para rematar forte e a contar. Seria o único do jogo, porque daí para a frente os avançados do FC Porto primaram pela ineficácia. Mesmo descontando o futebol monocórdico dos dragões, que de certa forma lhes dificulta a tarefa por não forçar o adversário a deixá-los soltos de marcação. No mais flagrante lance dos dragões no jogo (77'), Luis Díaz, com o golo à sua mercê, permitiu a defesa a Ricardo Ribeiro com uma tímida finalização. Antes (50'), o pacense Luiz Carlos escapou-se na zona frontal e desviou de cabeça um cruzamento de Pedrinho na direita, uns centímetros ao lado do poste esquerdo de Marchesín. O mesmo Luiz Carlos voltaria a colocar Marchesín à prova (67'), mas o argentino negou que a pressão dos castores resultasse em golo. Mesmo assim, não foi um jogo bonito. Houve alívios de qualquer maneira e algum futebol desconexo de parte a parte. Talvez o próprio Paços estivesse em noite não, quebrando assim a sua sequência perfeita no pós-interregno. Marchesín voltou a ter que se aplicar para impedir o golo num remate de longe de Jorge Silva (86'), e o FC Porto por pouco não matou o jogo (89'), num contra-ataque entre Vítor Ferreira e Marega, finalizado por Fábio Vieira. Valeu Oleg Reabciuk, que fez um corte arriscadíssimo, daqueles que têm o auto-golo ali à mercê. O Paços de Ferreira fez por justificar o empate, mas sem golo é sempre como a omolete sem ovos. Assim, o FC Porto terminou o encontro no topo da montanha da Mata Real. Por vezes, como nesta, ganhar jogando mal vale mais do que parece.

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por Miran Pavlin às 23:59

Segunda-feira, 02.12.19

Liga NOS, 12.ª jornada - FC Porto 2-0 FC Paços de Ferreira

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Não assisti ao jogo.

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por Miran Pavlin às 23:55

Domingo, 11.03.18

Liga NOS, 26.ª jornada - FC Paços de Ferreira 1-0 FC Porto - Soma de factores

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O som das rolhas das garrafas de champanhe a saltar ouviu-se um pouco por toda a parte. Entre os não-portistas, claro. Pela primeira vez esta época a nível interno, o FC Porto foi derrotado, naquilo que pode ser visto como uma inevitabilidade. Nas 83 edições anteriores da I Liga, apenas por quatro vezes uma equipa terminou sem derrotas; e num dos casos, em 1977/78, esse registo não chegou para ser campeão. Daí que neste encontro um conjunto de factores se tenha alinhado para que os dragões não vencessem. Desde logo as lesões que afectam diversas unidades-chave do plantel azul-e-branco, nomeadamente nos sectores mais avançados. O onze titular não mudou sobremaneira em relação àquele que jogou em Liverpool. A envolvência do jogo sim; de um mero cumprimento de calendário, passou-se para uma partida em que os pontos faziam uma falta tremenda a ambas as equipas. Acrescentam-se ainda à equação o vento que tornava infrutíferos os passes em profundidade pelo ar, o relvado que impedia os dragões de ter fluidez nas transições ofensivas por estar empapado em certas zonas, e a chuva que fazia a bola ganhar velocidade a cada ressalto desses passes pelo ar. Obviamente que essas condições eram iguais para as duas equipas, mas o Paços de Ferreira ter-se-á adaptado melhor ao que o jogo exigia.
Tendo um dos motores do ataque indisponível e o outro, no mínimo, gripado - Marega e Aboubakar, respectivamente - e sem contar com Herrera por castigo, o FC Porto não soube - ou não conseguiu - impor-se no jogo. Um meio-campo a recuperar poucas bolas e um ataque com poucas ideias deixavam o FC Porto com uma cara semelhante à que mostrou na primeira parte do célebre jogo interrompido com o Estoril. Além disso, também não havia Alex Telles para que algum dos quinze cantos conquistados causasse perigo. O futebol pouco escorreito dos dragões permitia ao Paços jogar nos moldes que mais lhe convinham, destruindo sem grande dificuldade os ataques contrários e procurando o contacto fácil em cada bola dividida. Lances relevantes contam-se três: o golo dos castores (34'), num canto mal aliviado por Marcano, seguido de um ressalto no rosto de Waris que sobrou para Filipe Ferreira na esquerda, com o lateral a cruzar para a entrada triunfal de Miguel Vieira ao primeiro poste; a resposta do FC Porto (36'), em que Mário Felgueiras defendeu um desvio de Aboubakar à queima-roupa, a cruzamento de Diogo Dalot; e a grande penalidade desperdiçada por Brahimi (66'), que viu Felgueiras adivinhar o lado e voltar a ser decisivo.
Correndo o risco de ser acusado de ver o jogo com óculos azuis, o anti-jogo pacense é indissociável da história do desafio. Se antes do golo já se notava, assim que os castores passaram para a frente do marcador essa prática tornou-se no lema da equipa de cada vez que ganhava a posse da bola. Nestas situações é recorrente ouvir-se ou ler-se que cada um joga com as armas que tem. No entanto, neste caso o anti-jogo era revelador da posição classificativa ocupada pelo Paços de Ferreira à entrada para a jornada, mas também do desejo de capitalizar os deslizes prévios de todos os outros emblemas envolvidos na luta pela permanência. Esse futebol negativo do Paços não explica per se a derrota do FC Porto, mas foi um factor, ao contribuir para enervar os dragões. Tal como a arbitragem de Bruno Paixão. É certo que não houve lances difíceis com decisões controversas, mas Paixão colocou-se a jeito para ser acusado de caseirismo ao ajuizar a favor dos homens da Capital do Móvel praticamente todos os lances divididos. Também não justifica o desaire, mas foi igualmente um factor.
Somados todos os factores, o FC Porto regressa à Invicta de mãos a abanar, vendo encurtar-se a distância para os perseguidores. E porque no final é sempre fácil apontar erros, vistamos então o fato de treinador de bancada: mesmo não esquecendo que Conceição tinha pouco por onde escolher, não teria sido mais avisado alinhar de início com Gonçalo Paciência em vez de Aboubakar? O resultado até poderia ter sido o mesmo, mas enquanto Paciência precisa de minutos pelo FC Porto e trouxe ritmo da primeira volta em Setúbal, o camaronês veio há pouco de lesão e talvez pudesse ter sido mais efectivo sendo lançado mais tarde no jogo.

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por Miran Pavlin às 23:45

Sábado, 30.12.17

Taça da Liga, fase de grupos - FC Paços de Ferreira 2-3 FC Porto

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Não assisti ao jogo.

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por Miran Pavlin às 22:45

Sábado, 21.10.17

Liga NOS, 9.ª jornada - FC Porto 6-1 FC Paços de Ferreira - Ponta da língua

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Salvaguardadas as devidas distâncias, o Paços de Ferreira viveu no Dragão aquilo que o FC Porto vivera na Alemanha a meio da semana. Perante um adversário mais rápido sobre a bola ao longo de todo o jogo, os pacenses ainda lograram igualar, antes de perderem contacto com um eventual resultado positivo; contudo, ao contrário dos dragões nesse jogo, o Paços não conseguiu encontrar um segundo golo que retirasse tranquilidade ao adversário, acabando por ser praticamente impotente enquanto o marcador se avolumava. A marcha começou bem cedo (4'), quando Ricardo aproveitou um corte ineficaz ainda fora da área para, qual tanque, romper até à finalização certeira. Os castores chegavam ao empate pouco depois (8'), por Welthon, que roubou a bola a Herrera e face à frouxa marcação contrária desferiu um forte e colocado remate de fora da área. Correndo o risco de ser demasiado parcial na análise, foi a última vez que se viu o Paços de Ferreira em campo, pois o FC Porto não deixou cair a batuta, continuando a conduzir o jogo como até aí. O segundo golo azul-e-branco surgiu ao minuto 18, na insistência, pelo central Felipe após grande passe de Ricardo pelo ar. Daí à goleada foi um estalar de dedos. Uma jogada envolvente do ataque portista deu o 3-1 a Marega (25'), que aos 33 minutos aproveitou para bisar após corte defeituoso de um defensor pacense. José Sá foi chamado a intervir num livre desviado por Miguel Vieira (36'), mas logo a seguir o FC Porto construiu mais duas oportunidades, por Brahimi e Marcano (38' e 39'), desta vez limpas em conformidade pela defesa do Paços.
A segunda metade poderia ir por vários caminhos: o do sono, caso o FC Porto optasse por gerir a vantagem; o da chamada "valorização do espectáculo", caso o Paços de Ferreira esquecesse o resultado e procurasse encurtá-lo; ou o do descalabro, se os dragões não baixassem o ritmo. O Paços ainda assustou, nomeadamente quando António Xavier se isolou à frente de três portistas e Marega limpou com um desarme exemplar (49'), e quando o mesmo Xavier rematou pouco ao lado (59'), mas pelo meio o FC Porto teve mais duas oportunidades claras, pelo que a partida tomou em definitivo o caminho do descalabro pacense. Ao minuto 62 Felipe bisou, mas o lance foi invalidado por fora-de-jogo posicional de Aboubakar. Três minutos mais tarde valeu mesmo, com Corona a colocar na baliza deserta após defesa incompleta de Mário Felgueiras a remate de Marega. As oportunidades eram tantas que não havia meio de o Paços se encontrar. Faltava ainda o golo de Aboubakar, que apareceu com 72 minutos decorridos, ao cabo de mais uma jogada envolvente que a defesa dos castores não neutralizou. A bola sobrou para o camaronês, que descaído sobre a esquerda apenas teve que finalizar cruzado.
Só aí a intensidade abrandou, de mão dada com a gestão proporcionada pelas substituições operadas por Sérgio Conceição. Muitas vezes, depois de um desaire, se diz que o melhor é que o próximo jogo venha o quanto antes, para que a equipa possa rapidamente esquecer o passado e dar uma resposta que elimine os bichos que possam existir na cabeça da equipa. Pelo que se viu neste jogo, a equipa do FC Porto tinha essa resposta na ponta da língua.

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por Miran Pavlin às 23:45

Sábado, 03.06.17

FC PAÇOS DE FERREIRA 2016/17

Habitual cliente do binómio bom futebol/boas classificações, por uma vez o Paços realizou uma temporada discreta, deambulando pelo meio da tabela, mas sem nunca poder baixar a guarda relativamente à zona perigosa. Nem podia ser de outra maneira, já que os castores estiveram no 14.º ou 15.º lugares em 15 jornadas. As escassas oito vitórias traduziram-se numa série de sete jogos sem vencer, e duas de cinco partidas. A estreia do pacense Carlos Pinto como treinador na I Liga duraria onze jogos, nos quais o Paços somou dez pontos, vencendo apenas Setúbal (1-4) e Rio Ave (2-1).

Substituído pelo adjunto Vasco Seabra, não é que a sorte da equipa tenha mudado sobremaneira, mas o jovem técnico deu a melhor conta de si, estabilizando a equipa e impedindo-a de entrar em pânico por nunca conseguir subir acima do décimo lugar ao longo do campeonato. De facto, a única vez em que o Paços de Ferreira esteve acima desse lugar foi logo na primeira jornada, quando foi nono colocado. Quem não leva boas recordações da capital do móvel foram as equipas que terminaram o campeonato nos primeiros seis lugares, dos quais só o Sporting venceu (0-1). Benfica, FC Porto e Marítimo todos empataram a zero, enquanto Guimarães (2-0) e Braga (3-1) saíram mesmo derrotados.

 

TAÇAS

As restantes competições internas não serviram de distracção para a carreira menos positiva no campeonato. Na Taça de Portugal os castores começaram por eliminar o Aves (1-2) – que viria a subir à I Liga –, com todos os golos a surgirem no prolongamento, mas caíram logo na ronda seguinte, com surpresa, em casa do Vilafranquense. Marocas foi o herói do conjunto ribatejano ao assinar o único golo do jogo (77’).

A Taça da Liga trouxe o resultado mais volumoso da temporada, um 4-0 sobre o Nacional na 2.ª eliminatória, seguindo-se dois pontos na fase de grupos, fruto de empates com Guimarães (2-2 fora) e Vizela (2-2 em casa). Na ida à Luz verificou-se uma derrota por 1-0.

 

FIGURA

Welthon foi o melhor marcador da equipa na Liga, com 12 golos, bem à frente dos cinco marcados por Pedrinho, que chegou do vizinho Freamunde e se estreou na I Liga.

 

CONTABILIDADE

Liga NOS: 13.º lugar, 8v-12e-14d, 32gm-45gs, 36 pontos;

Taça de Portugal: afastado pelo Vilafranquense na 4.ª eliminatória, depois de afastar o Aves;

Taça da Liga: afastou o Nacional na 2.ª eliminatória; terceiro classificado no grupo D (2 pontos), atrás de Benfica e Guimarães, e à frente do Vizela.

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por Miran Pavlin às 12:00

Domingo, 14.05.17

Liga NOS, 33.ª jornada – FC Porto 4-1 FC Paços de Ferreira – Brio

Nas épocas mais recentes o FC Porto tem chegado ao seu último jogo em casa com a face do abismo colada ao nariz. Mais uma vez falhados os objectivos mínimos a que por inerência se propõe, o FC Porto mais uma vez se despedia dos adeptos apenas com a honra em jogo. Alguns poderão recordar que na época passada os dragões ainda tinham a final da Taça pela frente, mas tal foi uma excepção por ser a única ida ao Jamor em seis temporadas. O FC Porto, portanto, tem vindo a cumprir uma indesejável regra de resultados insuficientes. Enquanto os adeptos se debatiam com esta ideia e a equipa demorava a encontrar o ritmo certo para o jogo, o Paços de Ferreira adiantava-se num lance fortuito (31’). André Leal rematou um tanto ou quanto frouxo e a bola desviou o suficiente em Ricardo Valente para trair Casillas.

Sem derrotas como visitado, o FC Porto não tardou a reagir. Talvez o golo sofrido tenha mesmo sido um mal que veio por bem, já que de outra forma não se saberia de quanto tempo o FC Porto ia precisar para ligar o motor. A reviravolta portista demorou apenas oito minutos a consumar-se. Herrera elevou-se para cabecear forte a cruzamento de Corona após boa jogada (35’), antes de Brahimi (39’) converter um castigo máximo, com a bola a passar de forma ingrata sob o corpo do guardião pacense Mário Felgueiras. Ao intervalo saiu Corona para entrar Diogo Jota, que de imediato fez estragos (47’), com uma finalização convicta após se desmarcar a passe de costas, pelo ar, de Herrera. O FC Porto tomava o controlo do marcador e não o largaria até final. O quarto golo apareceu aos 88 minutos, em nova grande penalidade, desta vez batida por André Silva. Valeu o brio profissional dos jogadores azuis-e-brancos, já que foi notória a pouca alegria no futebol praticado.

Nem podia ser de outra maneira. Campeão no sofá noutras épocas, foi nesse mesmo sofá, na véspera desta recepção aos castores, que o FC Porto viu as hipóteses de ainda atingir o título se esgotarem. O FC Porto chegará então ao final da temporada com o abismo de que escrevia no início bem à sua frente, face a um insucesso continuado que era impensável até há poucos anos. A última jornada reserva uma visita a um Moreirense que ainda não assegurou a manutenção, e que por isso se espera que não seja nem esteja tão tranquilo em campo como este Paços de Ferreira, que diga-se, não veio ao Dragão fazer figura de corpo presente, pelo menos enquanto o resultado se manteve inseguro. O FC Porto acabou por não durar até ao fim do campeonato, mas será bom não esquecer que dentro de campo se joga sempre até ao fim.

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por Miran Pavlin às 22:30

Sábado, 07.01.17

Liga NOS, 16.ª jornada – FC Paços de Ferreira 0-0 FC Porto

Pela segunda vez consecutiva não pude assistir à totalidade do jogo. Desta vez apenas a segunda parte esteve sob o olhar atento do vosso humilde escriba, que por isso não se alongará nos comentários. Numa frase, até aos 75 minutos havia 21 jogadores junto à área do Paços de Ferreira, para nos quinze minutos finais só se ter jogado no meio-campo portista. Uma coisa não mudou em relação à partida anterior: sem um golo que desse cor ao que o FC Porto produziu, a ansiedade foi consumindo o discernimento dos jogadores. Se numas vezes foi o guarda-redes pacense Defendi a aplicar-se, noutras foram os dragões que não conseguiram mais que remates frouxos e/ou à figura. O preço do empate são seis pontos de distância para o líder. Apesar de ainda haver 18 jornadas por disputar, e mesmo sendo plausível que o líder escorregue, é bem possível que o FC Porto tenha entregue aqui o título, uma vez que esta nova sequência sem vitórias deixa dúvidas sobre se a equipa tem a consistência necessária para recuperar os pontos necessários para um final feliz.

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por Miran Pavlin às 23:00



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