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CORTE LIMPO

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Quarta-feira, 03.03.21

Taça de Portugal, meias-finais, 2.ª mão - FC Porto 2-3 SC Braga - Hemorragia

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Dizem que pela boca morre o peixe. O que estaria, então, a pensar Sérgio Conceição enquanto via o Braga fazer o 0-3 ainda antes da meia hora, depois de no final da primeira mão ter, alegadamente, dito a Carlos Carvalhal que "onze contra onze levavas cinco ou seis"? Gritante nem era o resultado; era antes a naturalidade com que tudo ia acontecendo. O avançado bracarense Abel Ruiz estava particularmente endiabrado, assinando o 0-1 com um remate que ressaltou em Mbemba e traiu Diogo Costa (9'), prosseguindo a sua caça ao dragão com novo golo (14'), numa bela finalização após recuperação alta e boa jogada colectiva do ataque arsenalista. Até deu para Ricardo Horta, já dentro da área, assistir o colega de calcanhar. Ruiz não estava satisfeito e, em nova recuperação de bola, irrompeu área adentro com surpreendente facilidade para um remate à trave (19'). O hat-trick ficou ali bem perto, mas seria Lucas Piazón a apontar o terceiro golo arsenalista (28'), na conversão irrepreensível de um livre directo. Nem um Lev Yashin na sua melhor forma teria conseguido defender. A falta que originou o livre é que aparentemente não existiu... Ainda com 0-2, Sérgio Conceição mexera na equipa, trocando Mbemba e Grujic por Zaidu e Taremi (23'), mas era como se houvesse uma ferida que não parava de jorrar sangue. A hemorragia só começou a estancar com o golo de Otávio (30'), que, desmarcado por Corona, dominou a bola com o ombro antes de rematar sem deixar a bola cair. Um golaço. Pouco depois (34'), a expulsão de Borja, por derrubar Marega quando este se isolava rumo à baliza, parou de vez com o sangramento. O lance foi claro, pelo que não se entende que o juiz Artur Soares Dias tenha precisado de o rever para corrigir a cor do cartão exibido. O próprio Braga também teve que fazer uma revisão, retirando Galeno para recompor a defesa com Bruno Rodrigues (37'), ao mesmo tempo que Carvalhal dava ordens à equipa para cerrar fileiras. Dito em futebolês, o Braga fechou a loja. O FC Porto não tinha outra hipótese senão tentar, tentar e voltar a tentar obter os golos que lhe permitissem sair do fundo do poço. E foi isso que aconteceu até final do encontro; uma avalanche ofensiva pintada de azul-e-branco (28 remates contra 7 do Braga), que, no entanto, só renderia mais um golo (74'), num remate de ressaca de Marega. Bem fechado junto à sua área, o Braga obrigava os dragões a circular a bola por todos os sítios e mais algum, mas sem nunca lhes conceder o espaço para chegar às melhores posições de remate. Tendo Matheus defendido bem uma ou outra investida mais prometedora, o sucesso do Braga na sua estratégia de contenção foi total. E assim, os guerreiros avançam para a sua terceira final da Taça em sete épocas.

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por Miran Pavlin às 23:59

Quarta-feira, 10.02.21

Taça de Portugal, meias-finais, 1.ª mão - SC Braga 1-1 FC Porto - Nervos em franja

BRAFCP TP.jpg

Se as incidências do encontro anterior deixaram o FC Porto com os nervos em franja, que dizer da reedição, três dias mais tarde, agora a contar para a Taça de Portugal? De uma expulsão fizeram-se duas, a arbitragem de critério confuso repetiu-se, e os dragões voltaram a não conseguir segurar o resultado. Desta vez, o FC Porto saltou cedo para o comando (10'), com Taremi a aproveitar uma saída de Matheus para lhe fazer um chapéu. O guarda-redes dos bracarenses quis cortar a bola de cabeça, mas não o fez para o melhor sítio. Talvez tenha estado a ver vídeos de Manuel Neuer. O jogo em si não foi muito diferente do anterior. O Braga foi novamente competente, mas não conseguia chegar ao golo, pelo que se podia dizer que o FC Porto ia controlando os acontecimentos, com maior ou menor dificuldade. O pomo da discórdia surgiu ao minuto 65. Luis Díaz transporta a bola pela esquerda, entra na área e remata. Ao mesmo tempo, o defesa arsenalista David Carmo intrometia-se para cortar, metendo a perna onde Díaz concluía a passada. De forma tão inadvertida quanto inevitável, Díaz calca a perna de Carmo e provoca-lhe uma fractura. Infeliz é a palavra-chave do lance. Após revisão das imagens, o árbitro Luís Godinho entendeu que não havia lugar a quaisquer atenuantes e expulsou o médio do FC Porto. Tendo em conta que não é costume os árbitros darem muitas justificações, o facto de Godinho ter fundamentado a sua decisão tanto a Luis Díaz, como junto de Sérgio Conceição, apenas vem sublinhar o carácter fortuito do lance. Escaldado por incidências que já vinham do penúltimo jogo, o FC Porto pouco se interessou pela justificação e teve dificuldades em acalmar-se. Mais do que na partida do campeonato, aqui os dragões recuaram a sério, na tentativa de levar para a segunda mão esse solitário golo de vantagem. O Braga, mais uma vez, aproveitou a deixa da superioridade numérica para tentar igualar. Face à demorada assistência a David Carmo, houve 12 minutos de compensação. Tempo suficiente para Uribe também ser expulso, na sequência de uma disputa de bola mais acesa com André Horta, que depois o empurra. Ricardo Esgaio juntou-se à festa dando uma peitada em Uribe, que respondeu com um encosto de cabeça. Também aqui o FC Porto ficou com razões de queixa, já que Uribe teve uma punição mais grave que a dos outros intervenientes. Aqui, Luís Godinho já não sentiu necessidade de explicar porque é que entendeu que numa altercação envolvendo elementos das duas equipas - é raro haver um desaguisado entre colegas. Pepe? Loum? -, mostrou cartões de cores diferentes quando os jogadores abusaram em doses iguais. Sobre o final da compensação (90'+12') o Braga conseguiria o golo da igualdade, por Fransérgio, que estava no lugar certo para capitalizar o ressalto de um cabeceamento de Sporar ao poste. Tal como no encontro do campeonato, os guerreiros salvaguardaram o empate nos segundos finais. O FC Porto não se conformou, ao ponto de ter sido o próprio Pinto da Costa a assumir a reacção do clube, na sala de imprensa. Se a memória durar até lá, a segunda mão promete.

BRAFCP A.jpg

A fechar, uma nota para o caricato momento em que a ambulância que transportava David Carmo não conseguia arrancar porque as rodas patinavam na relva molhada. Os jogadores tiveram que ajudar empurrando o veículo, numa imagem que dificilmente voltará a ser vista num estádio perto de si.

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por Miran Pavlin às 23:59

Sexta-feira, 29.01.21

Taça de Portugal, quartos-de-final - Gil Vicente FC 0-2 FC Porto

GVFCP.jpg

Não assisti ao jogo.

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por Miran Pavlin às 23:59

Terça-feira, 12.01.21

Taça de Portugal, oitavos-de-final - CD Nacional 2-4 (a.p.) FC Porto

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Não assisti ao jogo.

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por Miran Pavlin às 23:59

Domingo, 13.12.20

Taça de Portugal, 4.ª eliminatória - FC Porto 2-1 CD Tondela

FCPTON TP.jpg

Não assisti ao jogo.

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por Miran Pavlin às 23:59

Sábado, 21.11.20

Taça de Portugal, 3.ª eliminatória - GD Fabril 0-2 FC Porto - Curtas memórias

FABFCP.jpg

Só a Taça de Portugal consegue trazer para o presente pedaços do futebol do passado. Nesta ocasião, foi a vez de o Fabril do Barreiro reviver memórias de tempos idos. Enquanto CUF, o emblema da margem sul do Tejo participou consecutivamente na I Divisão entre 1954 e 1976, frequentemente terminando na primeira metade da tabela. Tempos áureos, que não conheceram reedição nesta partida, na qual o FC Porto fez valer o seu estatuto para seguir em frente na prova. Por muito que o Fabril, em campo, não tenha ido declaradamente em busca do sonho, não se pode dizer que o FC Porto tenha encontrado facilidades. Ao ponto de a resistência ter durado até aos descontos da primeira parte, sendo só quebrada com um golaço de Toni Martínez, num remate acrobático após solicitação de Otávio. Dos habituais titulares, Otávio foi dos poucos a ir a jogo, a par com Manafá; Malang Sarr, que recentemente tem jogado de início, também manteve o lugar. De resto, tratou-se da proverbial oportunidade de os restantes mostrarem serviço, ainda que o jogo não tenha sido particularmente exigente. Enquanto Carraça se estreava pelo FC Porto, Felipe Anderson, talvez o elemento mais necessitado de mostrar qualquer coisa, passou muito despercebido, excepção feita a uma assistência para golo. O médio saiu no primeiro pacote de substituições efectuadas por Sérgio Conceição (61'), juntamente com Nakajima e Otávio. Por esta altura o FC Porto já vencia por 0-2, graças ao golo de Taremi (51'), pelo que estava aberto o caminho para dar também minutos àqueles que vão precisar de estar no ponto para as batalhas seguintes. Pouco expansivo, mas digno, o Fabril desfrutou destas horas sob o holofote mediático e não manchou o seu nome, esquecendo por uns momentos a má posição que ocupa no Campeonato de Portugal. Não havendo taça, estes jogos passam sempre demasiado depressa para o clube das divisões não profissionais. Para o clube dito grande também, mas antes porque os seus adeptos rapidamente o apagam da memória.

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por Miran Pavlin às 23:59

Quarta-feira, 12.02.20

Taça de Portugal, meias-finais, 2.ª mão - FC Porto 3-0 Académico Viseu FC

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Não assisti ao jogo.

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por Miran Pavlin às 23:35

Terça-feira, 04.02.20

Taça de Portugal, meias-finais, 1.ª mão - Académico Viseu FC 1-1 FC Porto

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Não assisti ao jogo.

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por Miran Pavlin às 23:55

Terça-feira, 14.01.20

Taça de Portugal, quartos-de-final - FC Porto 2-1 Varzim SC - Meio do caminho

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A ideia já foi veiculada noutras ocasiões, mas cá vai de novo: a Taça de Portugal tende a esbater a diferença entre equipas, independentemente da divisão em que militem. Nem sempre acontece, claro, mas é frequente, e foi o caso nesta recepção dos dragões ao secundário Varzim. Mesmo defrontando uma equipa em boa forma, Sérgio Conceição não deixou de efectuar mudanças no onze, fazendo entrar Diogo Costa, Saravia, Sérgio Oliveira - que aproveitou para ganhar ritmo após lesão - e Fábio Silva. O resultado foi um FC Porto a meio do caminho. A equipa não esteve propriamente desligada, mas a verdade é que não pressionou o adversário tanto quanto deveria. Mesmo assim, os dragões chegariam ao golo (28'), por Soares, que atravessa uma fase prolífica como já não tinha, talvez, desde que chegou ao clube em Janeiro de 2017. Os poveiros, que vinham jogando de igual para igual, chegariam ao empate ao minuto 36, num livre directo cobrado por Hugo Gomes. A bola levou lume. Os apuros foram momentâneos, já que Marcano, de cabeça, recolocou o FC Porto na dianteira (41'), na sequência de um livre junto à linha de fundo. A postura do FC Porto não se alterou para a segunda parte, o que deixava os lobos do mar suficientemente à vontade para ameaçar nova igualdade, principalmente através de transições rápidas. Talvez o Varzim merecesse ter levado o jogo para o prolongamento, mas para isso teria sido necessário o FC Porto se descontrolar, o que, na verdade, não chegou a acontecer. Fica a boa imagem deixada pelos varzinistas.

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por Miran Pavlin às 23:59

Quinta-feira, 19.12.19

Taça de Portugal, oitavos-de-final - FC Porto 1-0 CD Santa Clara - Pague um, leve meio

FCPSC.jpgTecnicamente só houve meio jogo. Numa semana marcada pelo rigor do inverno, a chuvada que caiu nos primeiros minutos da segunda parte deixou o relvado impraticável, tornando essa fase do jogo numa pequena lotaria a meio-campo. E insistir em jogar pelo chão não trazia nada de útil. O FC Porto vencia desde o minuto 29, numa finalização de Nakajima na pequena área, após cruzamento de Corona na direita. Os homens do Santa Clara reclaram falta do mexicano antes de cruzar, mas o juiz nada assinalou. Era, portanto, o primeiro golo do FC Porto marcado por um japonês. Se o mau tempo prejudicou as duas equipas, o Santa Clara teve a contrariedade adicional das lesões. Logo ao minuto 22, Nené foi atingido em cheio na cabeça por uma tentativa de remate acrobático de Zé Luís, numa imagem impressionante. O médio seria mesmo levado ao hospital. Mais tarde (66'), o avançado Schettine sairia com uma lesão muscular, aparentemente. O FC Porto não estava a fazer um jogo de encher o olho, pelo que teria sido interessante ver o que o resto do encontro reservava, mas os tais condicionalismos meteorológicos não deixaram. No tocante ao FC Porto, ainda bem que houve aquele golo. Caso contrário, era bem possível que o jogo tivesse durado até às malfadadas grandes penalidades. Nota ainda para a assistência. Se os 19 mil que assistiram à partida anterior foram corajosos, que dizer dos cerca de 11 mil que hoje estiveram nas bancadas?

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por Miran Pavlin às 23:00



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