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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
Os adeptos do FC Porto estão à beira da esquizofrenia. No espaço de uma semana contestaram a equipa à saída do Dragão, aplaudiram no aeroporto à chegada de Frankfurt, e agora voltam a esperar a equipa no Dragão para novos protestos. O sobe-e-desce de estados de espírito reproduz as desventuras de uma equipa que nos últimos cinco jogos consentiu nove golos, tantos quantos os pontos a que fica de distância do líder Benfica após este empate.
Um empate bem amargo. Quaresma abriu o marcador na conversão de um castigo máximo, Ghilas acertou na trave, e Licá, após defesa incompleta de Douglas fez o 0-2, com 41 minutos decorridos. O FC Porto fazia uma exibição competente, aparentemente moralizada pelo resultado na Liga Europa, mas um golo de Maazou, no limite do fora-de-jogo, relançou a segunda parte.
E o FC Porto eclipsou-se. O reinício amorfo dos dragões foi castigado quando um passe a rasgar do mesmo Maazou encontrou um buraco no meio dos centrais, que permitiu a Marco Matias, solto na cara de Helton, fazer o empate. Já não há explicação para a “síndrome das duas caras” que continua a afectar o FC Porto.
Por pouco que o Vitória não conseguia mesmo uma reviravolta histórica, de consequências imprevisíveis. Primeiro o poste e depois Danilo impediram que Nii Plange e Tomané festejassem. Seria injusto, já que depois do 2-2 nenhuma das equipas se conseguiu sobrepor ao adversário.
A inconstância dos azuis-e-brancos numa prova de regularidade como o campeonato deixou-os mais perto do quarto lugar que do primeiro. Por outro lado, este FC Porto parece ser uma equipa de momentos – Supertaça, recepção ao Sporting, reviravolta com o Marítimo na Taça da Liga, Frankfurt. Se a regularidade não parece ser o forte desta equipa, valerá a pena apostar no imediatismo das competições a eliminar, onde não existe a obrigatoriedade das vitórias em série nem a pressão dos pontos?
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