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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
O Vitória de Guimarães foi uma das poucas histórias de sucesso desta edição da Liga NOS. O quarto lugar final é a melhor classificação do clube desde o terceiro posto conseguido em 2007/08, e faltou apenas um triunfo mais para igualar o melhor registo do Vitória na I Liga (19 jogos, em 1995/96). 10.º classificado ao fim de cinco jornadas, o Guimarães venceria sete dos dez jogos seguintes, chegando a essa 15.ª jornada já no quinto posto, a apenas oito pontos do topo. Seguir-se-ia um período de maior instabilidade entre as jornadas 19 e 25 – apenas uma vitória nesses sete jogos –, antecedendo a sequência que viria a definir a temporada do Vitória no campeonato. Foram nada menos que sete triunfos consecutivos – Rio Ave (c), Nacional (f), Tondela (c), Chaves (f), Boavista (c), Setúbal (f) e Arouca (c) –, que guindaram os conquistadores até esse quarto lugar, numa numa saborosa troca de posições com o Braga. Foi ingrato para o Vitória ver a série terminar com uma goleada (5-0) que assinalou o título do Benfica, ainda para mais quando estava perante o adversário que encontraria na final do Jamor apenas duas semanas depois. Independentemente do desfecho desse jogo, uma coisa estava desde logo garantida: o quarto lugar deu acesso à fase de grupos da Liga Europa.
TAÇA DE PORTUGAL
A carreira vitoriana começou não muito longe de onde haveria de terminar alguns meses mais à frente. O 1-2 na visita ao Santa Iria, dos distritais da capital, foi apertado, mas os da casa só marcaram na compensação. A 4.ª eliminatória trouxe um osso bem mais duro, na forma de uma ida ao Bessa. Se já no campeonato este jogo é um clássico, na Taça muito mais, e o Guimarães só o resolveu (1-2) aos 118 minutos, por intermédio de Hurtado. O peruano voltou a ser decisivo ao apontar o único golo da vitória sobre o Vilafranquense nos oitavos-de-final. Na eliminatória seguinte, novo triunfo à tangente, agora diante do Covilhã – marcou Hernâni.
A meia-final entrou directamente para a galeria de clássicos da Taça, ao colocar os conquistadores frente a frente com um Chaves que trazia consigo os escalpes de FC Porto e Sporting. O Guimarães avançou para a segunda mão com dois golos à maior – bis de Hernâni –, que os flavienses logo trataram de obliterar, por Perdigão (1’), Renan Bressan (32’) e Nuno André Coelho (63’). Marega apontou o fatídico golo fora logo depois (66’), e Douglas foi herói ao defender uma grande penalidade de Braga já em tempo de descontos. Impróprio para cardíacos. Na final, o Vitória criou um punhado de boas oportunidades no primeiro tempo, mas não tendo capitalizado, sucumbiu a dois golos em oito minutos no arranque da segunda metade e viu o troféu fugir para as mãos do Benfica, com o golo de Zungu a servir de consolação.
PONTO ALTO
Na jornada 7 da Liga, a 1 de Outubro, o Vitória tornou-se na primeira equipa desde 2004/05 a recuperar de três golos de desvantagem, na recepção ao Sporting. A vinte minutos do tempo os leões venciam tranquilamente com golos de Marković, Coates e Elias, e pareciam encaminhados para uma vitória tranquila, mas o Guimarães tinha outras ideias. Em apenas dois minutos, entre os 74 e os 75, Marega relançou o jogo com um par de golos, cabendo a igualdade a Soares (89’), num lance que deixou dúvidas por alegada carga ao guarda-redes.
FIGURAS
Marega fez 13 golos no campeonato, reencontrando-se com as redes depois da passagem difícil pelo FC Porto em 2015/16. Hernâni, também emprestado pelos dragões, marcou oito, mais um que Soares, que saiu para o FC Porto no mercado de inverno. Hurtado, Texeira, Josué e Pedro Henrique foram outros dos nomes em foco.
TREINADOR
Pedro Martins deu continuidade à sua sólida trajectória, fundada no bom trabalho realizado quando orientou o Marítimo e o Rio Ave. Foi um dos cinco sobreviventes da autêntica roda viva de treinadores esta temporada.
CONTABILIDADE
Liga NOS: 4.º lugar, 18v-8e-8d, 50gm-39gs, 62 pontos; apurado para a fase de grupos da Liga Europa;
Taça de Portugal: finalista vencido;
Taça da Liga: isento da 2.ª eliminatória; eliminado no grupo D (4 pontos), atrás do Benfica e à frente de Paços de Ferreira e Vizela.
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